Iniciada entrega de vacinas gratuitas contra aftosa aos produtores
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Rio Grande do Sul é o único estado brasileiro que distribui doses contra a febre aftosa aos pequenos produtores. Investimento do governo estadual soma R$ 5 milhões Começou nesta terça-feira (11) a entrega de 4,1 milhões de vacinas contra a febre aftosa no Estado. O Rio Grande do Sul é o único estado brasileiro que distribui vacinas gratuitamente aos produtores, destacou o secretário da Agricultura, João Carlos Machado, que fez questão de participar ativamente do primeiro carregamento de 600 mil doses, no depósito da empresa Agrosul, vencedora da licitação pública, no bairro Sarandi, em Porto Alegre. A prioridade do governo é preservar a atual condição sanitária para manter e ampliar o mercado aos produtores gaúchos, afirma o secretário. O RS é reconhecido internacionalmente pela OIE (Organização Internacional de Sanidade Animal) como livre de febre aftosa com vacinação. A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio investiu R$ 5 milhões na compra de 4,5 milhões de doses destinadas exclusivamente para atender os pequenos produtores com até 50 animais e que estão enquadrados no Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). É o maior volume de vacinas já compradas pelo Estado, enfatiza o secretário. A primeira etapa da campanha oficial de vacinação das 13,1 milhões de cabeças do rebanho bovídeo (bovinos e búfalos) acontecerá de 2 a 30 de janeiro. Até o final do mês, serão entregues 4,1 milhões de doses em 19 regionais do DPA. O diretor Cláudio Dagoberto Bueno explica que o DPA manterá uma reserva técnica de 400 mil doses para abastecer as regiões do Estado que apresentarem carência da vacina durante a imunização em janeiro. Entrega O cronograma de distribuição é o seguinte: dia 11, Bagé (122 mil doses), Pelotas (370 mil) e Porto Alegre (124 mil); dia 12, Caxias do Sul (220 mil), Soledade (116 mil) e Uruguaiana (85 mil); dia 13, Cruz Alta (93 mil); dia 14, Rio Pardo (310 mil); dia 15, Alegrete (150 mil); dia 17, Estrela (290 mil) e Passo Fundo (220 mil); dia 18, Erechim (210 mil) e Lagoa Vermelha (180 mil); dia 19, Osório (105 mil); dia 20, Palmeira das Missões (281 mil); dia 21, Santa Maria (327 mil); dia 26, Santa Rosa (290 mil); dia 27, São Luiz Gonzaga (330 mil); e dia 28, Ijuí (280 mil). Bueno lembra que a responsabilidade da vacinação é do produtor rural. Segundo ele, o DPA fiscaliza a vacinação, não executa. A exceção é para assentamentos, reservas indígenas e propriedades consideradas de maior risco para a febre aftosa, onde os técnicos do DPA realizam a vacinação com agulha oficial (ou seja, dos próprios médicos veterinários da Secretaria da Agricultura) ou supervisionam a imunização. Nas demais propriedades, o produtor rural é quem deve comprar a vacina e aplicar nos seus animais. A distribuição da vacina só é feita aos pequenos produtores. Os demais, que possuem mais de 50 cabeças, devem comprar as doses nas 370 empresas autorizadas pelo DPA e realizar a imunização dentro do prazo estabelecido. Mutirão Machado alerta que a vacinação contra a febre aftosa é uma questão vital para a economia gaúcha. O maior beneficiado é o produtor, que está consciente da necessidade de vacinar seus animais, observa. O secretário convoca prefeituras, sindicatos e demais entidades para um mutirão em janeiro. O mercado brasileiro de carnes está cada vez mais ganhando espaço no mundo todo. Por isso, precisamos garantir com segurança a nossa condição sanitária, indispensável para a realização de negócios no atual mundo globalizado, avalia. Todos os nossos técnicos estão motivados e mobilizados para realizar a maior e mais completa vacinação do rebanho. Queremos chegar muito próximo de 100% de índice vacinal, revela. Prazo O secretário alerta que a campanha de vacinação não será prorrogada além do prazo definido, ao contrário do que aconteceu em anos anteriores. O secretário ainda lembra que a Instrução Normativa (IN) 44, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, determina que a imunização deve ocorrer em 30 dias e que o envio do índice vacinal deve ser remetido em até 30 dias. Trinta dias é tempo suficiente para realizar a imunização, garante. Este ano, na primeira fase da campanha oficial de vacinação, em janeiro, a imunização atingiu 94,13% do rebanho gaúcho, com a distribuição de 3,7 milhões de doses pelo Estado. A segunda etapa, em junho, alcançou 89,72% de índice vacinal. A imunização dos animais de até 24 meses ocorrerá em junho do próximo ano.