Investimentos do Estado em cirurgias eletivas e combate ao câncer superam R$ 31 milhões em dois anos
Diminuir a espera nas filas do SUS é uma preocupação do governo, que destina recursos próprios no programa Cirurgia+
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A redução das filas no Sistema Único de Saúde (SUS) é uma preocupação do Estado, que já investiu, desde 2023, R$ 31,1 milhões em recursos próprios no programa Cirurgia+, voltado para a realização de cirurgias eletivas em traumatologia, cirurgia geral, cirurgia vascular, otorrinolaringologia, oftalmologia, ginecologia e urologia. Foram 40,4 mil consultas e 22,7 mil cirurgias a mais já realizadas no Rio Grande do Sul, além daquelas já contratualizadas com os hospitais, compensando o aumento da demanda causado pelo adiamento de cirurgias eletivas durante a pandemia de covid-19.
Foram investidos ainda outros R$ 154 milhões em 2024 na aquisição de equipamentos, obras e reformas e ampliação de espaços, além da contratação de atendimentos e tratamento ou aquisição de medicamentos pelos hospitais do Estado, por meio de um convênio com o Tribunal de Justiça (TJ), que repassou os recursos. Outro convênio com o TJ possibilitou um aporte de R$ 94 milhões na rede de saúde para oferecer mais exames e procedimentos em oncologia.
São recursos públicos que possibilitam, por exemplo, a criação do Centro Integrado de Oncologia (Cionco) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). A instituição recebeu R$ 20 milhões em investimento em dezembro de 2024 para ampliar a capacidade de atendimento, proporcionando mais qualidade e agilidade na assistência de alta complexidade aos pacientes.
Mais eficiência nos recursos
O Estado também buscou tornar mais equânime e racional a distribuição de recursos públicos na rede de saúde por meio do programa Assistir, oferecendo incentivos financeiros a 283 ambulatórios a mais em troca da realização de serviços à população. No início do programa, em 2021, 101 ambulatórios recebiam recursos por meio da Secretaria da Saúde (SES), passando para 384 atuais – uma alta de 280%.
O número de especialidades beneficiadas com incentivos financeiros dobrou, de 14 para 28. O total de cirurgias realizadas é 469% maior, tendo passado de 33.480 por ano em 2021 para 190.584 até dezembro de 2024. Já o número de consultas desde o início do Assistir passou de 290,8 mil para 974,2 mil, também em dezembro de 2024, representando uma alta de 235%.
O valor total de recursos repassados aos hospitais para a realização de serviços aumentou R$ 381,6 milhões, sendo elevado de R$ 778,4 milhões para R$ 1,16 bilhão.
Além disso, o governo estadual também ampliou, com investimentos, a realização de cirurgias bariátricas de pacientes no Rio Grande do Sul, que passaram de 434 em 2019 para uma projeção de 649 realizadas em 2024.
Atuação na pandemia
Outra importante atuação do governo do Estado na saúde nos últimos anos ocorreu durante a pandemia de covid-19. Para mitigar o efeito da doença no Rio Grande do Sul, foram aplicados R$ 164,3 milhões em recursos próprios na rede de saúde. Somados os recursos repassados pelo governo federal, os investimentos no Rio Grande do Sul ultrapassam R$ 1 bilhão.
A rede hospitalar em terapia intensiva do SUS foi ampliada no primeiro ano da pandemia, recebendo 1,3 mil novos leitos de UTI Adulto, com um investimento estadual de R$ 12 milhões. Também se destacam ações como o repasse de recursos a hospitais e a criação do Painel Coronavírus RS, que monitora a incidência de casos, e o Painel de Acompanhamento Vacinal, com informações sobre a imunização da população contra a doença.
Texto: Ascom SES
Edição: Secom