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Irga alerta sobre crise na estrutura produtiva do arroz

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O Conselho Deliberativo do Instituto Riograndense do Arroz (Irga) distribuiu a seguinte nota: Em nome de 15 mil produtores de arroz, 36 mil trabalhadores rurais e 138 municípios arrozeiros, que geram 232 mil empregos diretos e indiretos em toda a cadeia produtiva, alertamos a sociedade gaúcha quanto a grave crise que se abate sobre a estrutura produtiva e a comercialização do cereal fundamental a segurança alimentar brasileira. Nos últimos três anos: - O preço do arroz caiu 49,19%. - Valor Bruto da Produção caiu 32,55%. - O custo de produção por hectare subiu 10,39%. Além disso, em 2005, o arroz foi comercializado 25% abaixo do custo de produção. Em 2006, a situação agrava-se ainda mais. Os preços pagos aos produtores estão 31,5% inferiores ao custo de produção, e, pior, 11,7% inferiores ao Preço Mínimo de R$ 22,00 o saco de 50kg, que por lei, deveria ser garantido pelo Governo Federal. A insolvência é uma triste realidade. O setor atravessa um novo e terrível processo de endividamento. Apesar de todas estas adversidades os arrozeiros do RS não fugiram da luta, garantiram o alimento nobre na mesa do brasileiro, participando com 55% da produção nacional. Atingimos a auto-suficiência e para continuarmos alimentando o povo brasileiro é imprescindível que o Governo Federal disponibilize imediatamente: - Medidas urgentes que assegurem a comercialização desta safra, ao menos, aos níveis do Preço Mínimo oficial. - A suspensão por 120 dias dos compromissos vencidos e vincendos referentes a custeio, investimento e prorrogação das dívidas da safra 2004/05. - O reescalonamento dos débitos do setor, com prazos compatíveis a capacidade de pagamento, tendo sempre presente que esta é condicionada pelo atendimento aos Preços Mínimos estabelecidos e ao custo de produção. - Apoio à campanha de aumento ao consumo de arroz e a um programa de incentivo às exportações. A histórica e deliberada inexistência de política agrícola traduz o descompromisso dos governantes em nível federal em traçar políticas públicas que assegurem a preservação da estrutura produtiva de nossa sociedade, alheios às gravíssimas repercussões sociais negativas pelo comprometimento da preservação do trabalho, emprego e renda dos agricultores e de suas famílias, por extensão do comércio, indústria e serviços nos milhares de municípios brasileiros que tem na agricultura sua principal atividade econômica. Confira gráfico em anexo.

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