Latrocínios e outras mortes violentas despencam em Porto Alegre
Latrocínios tiveram retração de 43%, e homicídios dolosos, de aproximadamente 35%
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O Rio Grande do Sul está diferente. A queda nas mortes violentas intencionais foi destaque recentemente no Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025. Em Porto Alegre, que tem mais de 1 milhão de habitantes, esses crimes letais diminuíram 37,4% em 2024, com 204 casos perante 326 em 2023. Uma redução importante, quando considerados os mais de 44 mil registros em todo o Brasil. Também foram destaque as retrações, no mesmo período de comparação, de 43% nos latrocínios (de sete para quatro casos) e de aproximadamente 35% nos homicídios dolosos (de 265 para 172 vítimas).
A capital registrou ainda uma diminuição de 49% na taxa de roubo a veículos no ano passado na comparação com 2023, de 153,2 para 78,4 por 100 mil veículos, segundo dados do Observatório Estadual da Segurança Pública (Oesp) do Rio Grande do Sul. Roubo e furto de veículos somados tiveram queda de 35% – despencando de 332,5 para 214,8.
Outros crimes patrimoniais também estão em decréscimo. Os roubos a pedestres caíram 44%, de 12.907 para 7.292 ocorrências; e o furto de celulares diminuiu 16%, de 5.101 para 4.296 registros. As ocorrências em estabelecimentos comerciais também tiveram queda (-3%), de 1.185 para 1.144.
Mais segurança no transporte
Em Porto Alegre, onde também tem governo do Estado, a queda de 21% nas ocorrências em transportes deriva da melhoria constante em processos e investimentos na Segurança Pública. As incidências em vans, ônibus e lotações foram reduzidas de 17,2 para 13,7 a cada 100 habitantes no ano passado. A melhora regional da criminalidade revela a importância do interior e da capital no Plano Rio Grande, programa de Estado liderado por Eduardo Leite e criado para proteger a população, reconstruir o Estado e torná-lo ainda mais forte e resiliente.
O combate à criminalidade, uma das prioridades do Plano, reflete ações coordenadas e constantes na segurança. A Delegacia de Repressão a Roubos em Transportes Coletivos (DRTC), por exemplo, desenvolve um trabalho qualificado de investigação e inteligência. Dela deriva a operação Linha Protegida que, ligada à Delegacia de Polícia Regional de Porto Alegre (DRPPA) e à Brigada Militar, atua em paradas e coletivos em pontos estratégicos da cidade para coibir esse tipo de crime.
O delegado e diretor da DPRPA, Rodrigo Bozzetto, destacou que os indicadores demonstram os esforços das polícias de todos os distritos da capital, que buscam qualificar o trabalho dos agentes e ter melhor efetividade nas abordagens e prisões. “A queda de roubos, em especial a pedestres e nos transportes, é resultado de um trabalho de investigação e inteligência, desenvolvido pela DPRPA por meio do Serviço de Inteligência Policial e Análise Criminal e da DRTC, em conjunto com a Brigada Militar”, disse.
Cidade segura para todos
O governo vem investindo na prevenção e no combate à criminalidade em todo o Estado, com aumento do efetivo das forças de segurança e melhorias na infraestrutura, o que impacta na redução dos crimes contra o patrimônio e contra a vida.
O delegado e diretor do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil, Mario Souza, ressaltou que o esforço integrado das forças de segurança é estabelecido a partir da teoria da dissuasão focada. Ela é aplicada no protocolo das sete medidas para enfrentamento de homicídios no Rio Grande do Sul, que se baseia na ideia de que a punição eficaz e direcionada a criminosos reincidentes, lideranças e grupos organizados pode reduzir a criminalidade.
“Parte-se da identificação da prática de homicídios como prioridade na implementação de medidas em conjunto com órgãos do Estado para atuar contra os grupos criminosos organizados. A adesão dessa abordagem no intercâmbio entre as instituições é essencial para reduzir homicídios, fortalecer a cooperação e garantir respostas rápidas e eficazes, promovendo a salvaguarda da vida”, explicou Souza.
O protocolo, implementado a partir da integração de diversas forças de segurança, como Polícia Civil, Brigada Militar e Polícia Penal, busca o isolamento de líderes criminosos, a descapitalização do crime organizado e ações coordenadas para reduzir a violência.
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Texto: Dulce Mazer/Ascom SSP
Edição: Secom