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Leite entrega licença de operação à Whey do Brasil Alimentos em Palmeira das Missões

Badesul concedeu financiamento R$ 24,8 milhões para construção da fábrica

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Fotografia de várias pessoas de pé, ao ar livre, descerrando uma placa apoiada sobre um tripé. Leite aparece ao lado da placa, segurando o pano dela retirado.
Cerimônia marcou entrega que permitirá início da operação, a qual deve gerar cerca de 150 empregos diretos - Foto: Maurício Tonetto/Secom

Em solenidade realizada nesta sexta-feira (13/6), na sede da Whey do Brasil Alimentos S/A, em Palmeira das Missões, o governador Eduardo Leite entregou à empresa a atualização da Licença de Operação (LO 02400/2025), concedida pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). O documento autoriza a ampliação da área da planta industrial e permite a continuidade das atividades de beneficiamento e industrialização de leite e seus derivados no município do Noroeste gaúcho.

“Esse empreendimento representa muitos símbolos importantes para o nosso Estado”, afirmou Leite. “Destaco o empreendedorismo dessas sete empresas que se associaram para agregar valor à produção, com aproveitamento total do insumo e transformação de passivos ambientais em riqueza. Além disso, trata-se de uma planta genuinamente gaúcha, com investimentos feitos aqui, movimentando a nossa economia e demonstrando a força do setor leiteiro e agroindustrial do Rio Grande do Sul", acrescentou o governador.

O documento da Fepam, órgão vinculado à Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), assegura a regularidade ambiental da operação. O empreendimento está localizado na Rodovia BR-468, km 9, na localidade de Três Capões, e ocupa uma área total de 550 mil metros quadrados, com 17.337,12 metros quadrados de área construída e 54.700,18 metros quadrados de área útil. A operação da planta, que recebeu do Badesul Desenvolvimento – vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) – um financiamento de R$ 24,8 milhões, deve gerar cerca de 150 empregos diretos, contribuindo significativamente para a economia local e regional, com impacto positivo sobre a cadeia produtiva do leite.

Durante a entrega, o presidente da Fepam, Renato Chagas, destacou a relevância do momento para o desenvolvimento regional com responsabilidade ambiental. “A concessão dessa licença demonstra que é possível conciliar o crescimento industrial com a preservação do meio ambiente. Estamos viabilizando um projeto de grande impacto econômico, com segurança técnica e dentro das exigências legais”, afirmou.

A licença concedida tem validade até 6 de fevereiro de 2028 e autoriza uma capacidade produtiva mensal expressiva, incluindo até 3,5 mil toneladas de leite em pó integral, 2,7 mil toneladas de leite em pó desnatado, 2,5 mil toneladas de composto lácteo de gordura animal, 1,7 mil toneladas de composto lácteo de gordura vegetal e 1,8 mil toneladas de soro em pó. A estrutura industrial conta com modernos equipamentos, como caldeiras, desnatadeiras, pasteurizadores, sistemas de evaporação e secagem tipo spray dryer, homogeneizadores, tanques e silos de grande capacidade, além de linhas de envase com alto desempenho operacional.

Foto de Leite, à esquerda, de pé, discursando junto ao púlpito, ao ar livre. A plateia aparece de pé ao fundo e à direita.
“Esse empreendimento representa muitos símbolos importantes para o nosso Estado”, disse Leite - Foto: Maurício Tonetto/Secom

As etapas do processo produtivo autorizadas pela licença compreendem desde a recepção da matéria-prima (leite cru ou soro) passando por resfriamento, armazenamento em silos, desnate, padronização da gordura, pasteurização, evaporação e secagem, até o envase e a expedição dos produtos. Em caso de qualquer modificação no processo produtivo, implantação de novas linhas, ampliação de área ou aumento de produção, a empresa deverá solicitar novo licenciamento à Fepam, conforme prevê a regulamentação vigente.

A licença estabelece também uma série de condições ambientais que a empresa deverá cumprir. Entre elas destaca-se a obrigação de realizar auditoria ambiental a cada dois anos, com entrega do relatório técnico à Fepam, além da manutenção do Cadastro Técnico Federal no Ibama. 

Antes da solenidade, o governador participou de uma reunião com a direção da empresa e representantes da Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Leite do Rio Grande do Sul. O grupo apresentou ao governador a demanda por uma política de incentivo e de financiamento para ampliar a produção leiteira e a competitividade do setor no país.

“Somos conscientes de que o Estado tem um papel fundamental no estímulo à produção leiteira”, disse Leite. “Já temos políticas em andamento, como o Bônus Mais Leite e a Operação Terra Forte, que destina R$ 300 milhões para custeio e insumos. Mas entendemos o apelo do setor por uma política mais ambiciosa e articulada, do início ao fim da cadeia. Temos total disposição para avançar nesse diálogo”, complementou.

De acordo com a titular da Sema, Marjorie Kauffmann, a entrega da atualização da licença de operação marca um avanço importante para o setor agroindustrial do Rio Grande do Sul, ao permitir a operação de um empreendimento de grande porte, alinhado às exigências legais e ambientais. "Trata-se de um passo significativo para o fortalecimento da economia regional, com geração de empregos, agregação de valor à produção leiteira e compromisso com a sustentabilidade", destacou.

Também acompanharam a solenidade o titular da Sedec, Ernani Polo, o titular em exercício da Sema, Marcelo Camardelli, e o secretário de Desenvolvimento Rural, Vilson Covatti.

Texto: Ascom Sema e Secom
Edição: Secom

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