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Leite reafirma defesa do agro gaúcho em ato da Fetag em frente ao Piratini

Governador detalhou políticas estaduais e atualizou produtores sobre articulação em Brasília por solução para dívidas rurais

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Foto de Leite falando ao microfone, em cima de um trio elétrico. Há uma grande concentração de pessoas na praça, acompanhando em capas de chuva.
De cima do carro de som, Leite destacou que pauta é legítima e lembrou histórico de diálogo com a entidade - Foto: Maurício Tonetto/Secom

O governador Eduardo Leite participou, na tarde desta quarta-feira (10/12), de manifestação organizada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS) em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre, onde reafirmou o compromisso do governo do Estado com a agricultura familiar e os produtores rurais gaúchos. Falando de cima do carro de som, Leite destacou que a pauta é “justa e legítima” e ressaltou o histórico de diálogo produtivo com a entidade.

O governador apresentou aos agricultores um balanço das políticas estaduais já implementadas, como:

  • ampliação da subvenção do milho para 100% com o Programa Milho 100%;
  • fortalecimento do Programa Juventude Rural, com recursos suplementares garantidos;
  • apoio aos produtores de leite;
  • e avanço do Programa Terra Forte, que prevê até R$ 30 mil em subsídios para milhares de famílias.

O governador lembrou ainda o investimento de R$ 300 milhões em correção de solo, aliado ao trabalho técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).

Brasília

Leite também atualizou os agricultores sobre sua mobilização em Brasília nas últimas semanas, reforçando a defesa pela votação do Projeto de Lei (PL) 5.122/2023 no Senado e pela correção dos entraves da Medida Provisória (MP) 1.314. Ele explicou que o PL prevê a liberação de até R$ 30 bilhões do Fundo Social, formado por receitas do pré-sal, para refinanciar dívidas de produtores afetados por estiagens e perdas consecutivas.

Foto de Leite de lado, em cima do trio elétrico, falando ao microfone para um grande público concentrado na praça, boa parte usando capa de chuva e guarda-chuva.
"O meu foco é trabalhar onde realmente faz diferença, por dentro do sistema, destravando processos", disse Leite - Foto: Maurício Tonetto/Secom

Já a MP, destacou o governador, disponibiliza R$ 12 bilhões, mas hoje apenas cerca de 20% dos agricultores conseguem acessar os recursos devido às exigências impostas pelos bancos. “É muito claro que a MP, do jeito que está, não atinge seu objetivo e precisa ser ajustada. Nossa preferência é a votação do PL 5.122. Mas, se o governo federal topar trazer a MP para perto do projeto, o que importa é que o dinheiro chegue aos produtores”, afirmou diante da multidão.

Leite lembrou que o governo intensificou a agenda em Brasília, com reuniões com o presidente do senado, Davi Alcolumbre, com o líder do governo, Randolfe Rodrigues, e com a equipe econômica para destravar a política nacional de crédito rural emergencial.

Em sua fala aos produtores, o chefe do Executivo gaúcho destacou ainda que o Fundo Social deve movimentar cerca de R$ 1 trilhão na próxima década, reforçando que a demanda dos agricultores representa apenas parte desse montante, mas é decisiva para recuperar a capacidade produtiva do Estado.

Leite também reafirmou que o governo estadual seguirá ampliando programas locais, como o de correção de solo, apoio às forrageiras e políticas de juventude rural, mas reforçou que a solução para o endividamento exige medidas federais.

“Tem gente que gosta de discurso inflamado, mas o meu jeito de governar é diferente. Nem sempre agrada a todos, porque não está voltado para o aplauso imediato. O meu foco é trabalhar onde realmente faz diferença, por dentro do sistema, destravando processos, removendo entraves, abrindo caminhos concretos para que o dinheiro chegue ao produtor. Vamos seguir juntos até o fim”, concluiu.

Texto: Carlos Ismael Moreira/Secom
Edição: Secom

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