Maragatos no Memorial do RS
Publicação:
O Memorial do Rio Grande do Sul, Secretaria de Estado da Cultura e Instituto Histórico e Geográfico, com o apoio da Fundação Conesul, lançam no dia 24 de maio, às 18h30min, o livreto Maragatos: Partido Federalista Rio-Grandense (1892-1928). Uma reflexão sobre um dos mais marcantes períodos da História política do Estado, a publicação, de autoria do historiador Sérgio da Costa Franco, pode ser adquirida gratuitamente no prédio do Memorial, das 10h às 18h, de terça a sábado, enquanto durarem os estoques. O texto de 40 páginas também pode ser baixado pelo site www.memorial.rs.gov.br, junto com os outros volumes da série Cadernos de História Memorial. Maragatos conta a saga do Partido Federalista do RS (1892-1928), fundado por Gaspar Silveira Martins (1835-1901), que lutou contra o governo de Júlio Prates de Castilhos e estendeu o seu combate à presidência do Marechal Floriano Peixoto, entre 1893 e 1895. A publicação aborda os antecedentes que levaram os seguidores gasparistas à luta armada em defesa do sistema parlamentar e da revisão das constituições estaduais, suas conseqüências históricas, dissidências e opositores. A guerra civil, que entrou para a História com a denominação de Federalista, comandada pelo partido de Martins e Silva Tavares durou de 1893 a 1895 e atingiu as regiões compreendidas entre o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Da insurreição, saíram os federalistas com a alcunha de ‘maragatos’, alusão depreciativa aos comandados de Gumercido Saraiva, que procediam, em parte do Departamento de San José, no Uruguai, com forte presença de originários da região espanhola de Maragatería, escreve Sérgio da Costa Franco. Foram os maragatos que iniciaram a revolução federalista contra o castilhismo, considerado pelos rebeldes como uma tirania opressiva, cruel e desligada da opinião pública. A publicação gratuita traça um aprofundado painel histórico, da proclamação da república em 1889, a Contra-constituição federalista de 1892, a revolução, os Congressos Federalistas de 1896, 1901 e 1917, o levante de 1923, e a criação do extinto Partido Libertador, em 1928, entre outras passagens.