O Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs) apresenta, a partir do dia 14 de julho, a exposição Arte na França 1860-1960: O Realismo. A mostra faz parte das comemorações do Ano da França no Brasil e reúne mais de 100 obras de grande significação, criadas sob a influência do realismo francês. Estarão expostos trabalhos de Courbet, Monet, Van Gogh, Degas, Renoir, Cézanne, Balthus, Millet, Dérain, Miró, Dalí e Manet, entre outros, além de obras de brasileiros produzidas na França, como as de Cândido Portinari, Almeida Júnior, Iberê Camargo, Lasar Segall e Guignard. O primeiro lote chegou a Porto Alegre na tarde desta segunda-feira (6). 

A mostra propõe o percurso por um século de arte produzida na França e levanta questões relacionadas às diversas e contraditórias manifestações do realismo. O foco abrange o período em que o realismo se afirma na arte francesa e passa a influenciar o panorama cultural internacional, até o momento em que a arte feita nos Estados Unidos ascendeu ao primeiro posto. Incentivadora da exposição para o Brasil, a governadora Yeda Crusius colocou como prioridade a sustentabilidade do evento, que tem patrocínio de Banrisul, Grupo Gerdau, CEEE, Corsan, Caixa/RS e Sulgás.

O projeto de museografia é coordenado pelo curador francês Eric Corne, que já trabalhou para o Instituto Valenciano de Arte Moderna, da Espanha, e o Museu Berardo, de Portugal, e pelo arquiteto gaúcho Moacyr Kruchin, diretor de Patrimônio do Margs. Em um ambiente de neutralidade, tanto na cor das paredes como na iluminação - coordenada por Marcos Ribeiro -, as obras serão apresentadas em ordem cronológica, seguindo pelos dois andares do Museu e ocupando uma área total de 1.392m². Poderão ser visitadas até 30 de agosto, de terças a domingos, das 10h às 18h.

Segundo Cézar Prestes, diretor do Margs, Arte na França 1860-960: O Realismo é um marco nos 55 anos de história do Museu, que projeta o nome da instituição e do Rio Grande do Sul no país e no exterior. É um orgulho muito grande proporcionar ao povo gaúcho a oportunidade de conferir obras como o Rosa e azul - as meninas Cahen DAnvers, de Renoir, ressalta.

As secretarias estadual e municipal de Turismo distribuirão folhetos sobre a exposição em diversos pontos da cidade. E os frequentadores serão recebidos por atendentes bilíngues, em visitas orientadas. Durante o período da exposição, o Margs cobrará ingresso solidário, recolhendo roupas e alimentos não-perecíveis para destinação ao Comitê de Ação Solidária do Governo do Estado. Para facilitar o acesso do visitante, até as 18h, estará montado na parte externa uma estrutura com guarda-volumes, detectores de metais e posto para arrecadação das doações. Será divulgada uma lista de objetos que não poderão entrar, conforme padrão dos museus internacionais.