Agricultores familiares dos três estados do Sul que buscam crédito para fazer investimentos nas propriedades recebem, a partir desta terça-feira (28), mais um suporte de instituições conhecedoras do processo. O termo de ratificação de convênio entre a Emater/RS-Ascar e o Sistema Cresol Central foi assinado entre o presidente da Emater/RS, Mário Augusto Ribas do Nascimento, e o diretor-presidente do Sistema, Claudio Risson. A parceria foi firmada na manhã desta terça-feira (28), no Pavilhão da Agricultura Familiar, que registrou segunda-feira (27), um total de vendas de R$ 35.244,63. Com sede em Chapecó, o Sistema Cresol Central é formado por 35 mil agricultores familiares associados e 54 cooperativas. A entidade está alicerçada em cooperativas situadas em 150 municípios, localizados especialmente no Noroeste e Norte do Estado. Em 2007, a base se firmou também na região Central e no Sul. A gestão recebe o amparo da legislação federal, mas é conduzida pelos próprios agricultores familiares, com fiscalização do Banco Central. “Estamos melhorando a utilização de recursos e ampliando nossas parcerias”, resume o presidente da Emater/RS. A nova sociedade se centraliza a partir de um programa de conjugação da assistência técnica, prestada pela Emater/RS-Ascar, com o crédito rural, que é o perfil da Cresol. Público beneficiado O sistema oferece produtos como conta corrente, depósito a prazo, talão de cheques, micro-crédito, financiamentos rurais, seguros, bem como uma atuação forte no Pronaf Custeio e Investimento. Entre as famílias associadas, 79% exploram áreas menores de 20 hectares, a maioria com relevo acidentado e solos de baixa fertilidade. Para 71% desses agricultores, a renda agrícola anual não supera os R$ 4 mil. São agricultores historicamente excluídos do sistema financeiro tradicional, que até então não tinham acesso ao crédito rural. Para o público-alvo, o Sistema Cresol direciona atuação buscando facilitar o acesso ao crédito rural e a serviços financeiros. Dessa forma, agricultores familiares beneficiados buscam a viabilização da atividade, quer recebendo estímulos à formação, capacitação e organização dos associados, quer aplicando recursos captados nos municípios ou promovendo o desenvolvimento da economia local e a preservação dos recursos naturais da região.