O horário de verão termina à meia-noite do próximo sábado, 18 de fevereiro
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O horário de verão, que termina à meia-noite do próximo sábado (18), deve gerar, segundo estimativa preliminar da Secretaria de Energia, Minas e Comunicações, a redução de 4% na demanda de energia no horário de pico (entre 19h e 21h) e de 0,8% no consumo elétrico no Rio Grande do Sul. “Isto equivale ao consumo de energia anual de uma cidade do porte de Gramado”, compara o secretário Valdir Andres. De acordo com o secretário, a economia para o Estado no período deve alcançar R$ 290 milhões com o horário de verão. Nos últimos dois anos, o horário de verão gerou uma economia de cerca de R$ 500 milhões no RS. “Se não tivéssemos a vigência do horário de verão, teríamos de construir uma usina hidrelétrica como Dona Francisca (125 MW), situada no rio Jacuí”, diz Andres. A 32ª edição do horário de verão começou no dia 16 de outubro, uma semana antes do referendo popular sobre o comércio de armas de fogo e munição no país, o chamado referendo do desarmamento, ocorrido em 23 de outubro. Este ano, a duração do horário de verão é 15 dias maior do que em 2004/2005, que teve 110 dias. O horário de verão busca aproveitar melhor a luz solar em dez estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além do Distrito Federal. Na última edição, o horário de verão começou no dia 2 de novembro, após o segundo turno das eleições. A implantação do horário de verão, que normalmente ocorre em outubro, foi adiada na época a pedido do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para evitar uma reprogramação das urnas eletrônicas do primeiro para o segundo turno das eleições. HISTÓRICO O Brasil adotou o horário de verão pela primeira vez em 1931, mas apenas em 1985 a prática passou a vigorar anualmente, sem interrupções. Este ano, como ocorreu em 2002, a medida teve de ser adiada por solicitação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a fim de evitar problemas com as urnas eletrônicas durante o segundo turno das eleições municipais. O horário de verão, que tem o objetivo evitar a sobrecarga do sistema de abastecimento elétrico quando há maior demanda, é utilizado também por países da União Européia, da América do Norte, além da Rússia, Turquia e Cuba, que adiantam os relógios durante os meses mais quentes do ano.