Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Início do conteúdo

Operação de fiscalização apreende cerca de três toneladas de pescado ilegal em Guaíba

Ação teve participação das secretarias do Meio Ambiente e da Agricultura, além da Brigada Militar

Publicação:

Foto de peixes dispostos numa caixa de plástico amarela. O ambiente é bagunçado e parece sujo.
Pescado provavelmente seria destinado à venda ilegal em restaurantes - Foto: Igor Almeida/Ascom Sema

Cerca de três toneladas de pescado, incluindo cinco espécies ameaçadas, foram apreendidas, na manhã desta quinta-feira (12/6), durante uma operação de fiscalização em uma fábrica clandestina de processamento e comércio de peixes, em Guaíba, no bairro Ipê. A ação contou com a participação da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e do 1º Batalhão Ambiental da Brigada Militar (BABM). A ação faz parte das estratégias do governo do Estado para garantir a proteção ambiental.

A operação foi desencadeada após uma denúncia recebida pelo Batalhão Ambiental, que levou à identificação da atividade ilegal. A fábrica operava sem licença ambiental e as condições dos pescados encontrados caracterizavam comércio e processamento irregulares. Entre o material apreendido, a equipe da Sema identificou cinco espécies ameaçadas de extinção: bagre, arraia-viola, cação-anjo e duas espécies de tubarão-martelo.

“Ao chegar ao local, identificamos uma indústria clandestina, com pescados sem origem, condições sanitárias e autorização do órgão competente para o funcionamento do empreendimento. Conseguimos o flagrante e sanamos o dano”, conta o chefe da Divisão de Controle e Monitoramento da Qualidade Ambiental da Sema, Mateus Leal.

Foto de um galpão cheio de caixas de plástico brancas e amarelas. Em algumas aparecem peixes no interior. O ambiente é bagunçado.
Fábrica operava sem licença ambiental - Foto: Igor Almeida/Ascom Sema

A empresa foi autuada por diversos crimes ambientais, incluindo funcionamento sem autorização, processamento ilegal de pescado e poluição. Os resíduos e dejetos do processamento eram descartados de forma inadequada em um arroio próximo à fábrica. Oito pessoas foram conduzidas à delegacia, onde foram lavrados boletins de ocorrência e autos de constatação de crime ambiental, além da adoção de outras medidas legais cabíveis.

“Recebemos a informação de que havia um local realizando o processamento e a venda de espécies ameaçadas. Ao chegarmos, constatamos a veracidade dos fatos. Agora estamos conduzindo a apreensão do material e iniciando o processo criminal”, afirmou o coronel comandante do Comando Ambiental da Brigada Militar, Rodrigo Gonçalves dos Santos.

Segundo os órgãos envolvidos, o pescado seria provavelmente destinado à venda ilegal em restaurantes. Devido à ausência de condições sanitárias, à falta de certificação de origem e inspeção e ao processamento em local impróprio, o laudo técnico da Seapi concluiu que os produtos não são próprios para o consumo. Por isso, o material apreendido será destruído e terá destinação final adequada.

Texto: Tamires Tuliszewski/Ascom Sema
Edição: Felipe Borges/Secom

Portal do Estado do Rio Grande do Sul