Considerado o Melhor Intérprete de Beethoven no Concurso Internacional de Piano de Colônia, Alemanha, em 1989, o pianista Eduardo Monteiro é o solista da Ospa no próximo concerto de terça-feira (16). Eduardo interpretará com a orquestra o Concerto nº 3, Op. 37, em dó menor, para Piano e Orquestra de Beethoven. Sob a regência do maestro uruguaio Léon Halegua, a Ospa apresenta, também, a Sinfonia nº 3, op. 97, em Mi Bemol Maior - Renana de Schumann. O concerto será às 20h30min, no Teatro da Ospa. O valor do ingresso é R$ 15,00, com 50% de desconto para estudantes e pessoas acima de 60 anos. O oitavo e último Concerto da Série Azul marca um importante acontecimento na história educativo-musical da Ospa. Mais de 250 professores de escolas estaduais, municipais e privadas, que participaram do programa FormAção do Projeto Ospa de Educação Musical Aplicada (Poema), estão concluindo o curso de capacitação em música. Na ocasião, será entregue, simbolicamente, a um dos professores, o diploma, certificado pela Secretaria Estadual da Educação. Serão revelados, também, os três projetos de ensino de música vencedores, que foram desenvolvidos pelos professores durante o curso. O Poema, que é coordenado pela professora Liane Hentschke, é patrocinado pelo Instituto Embratel 21 e conta com o apoio do Santander Cultural - Banco Santander e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O solista O carioca Eduardo Monteiro é considerado um dos grandes expoentes do piano no Brasil. Sua sólida formação foi adquirida através de estudos em diversos países. Na França obteve o título de doutor em Musicologia pela Universidade de Paris IV - Sorbonne, em 2000. Em 2002, obteve nos Estados Unidos, o artist Diploma do New England Conservatory of Music de Boston. Eduardo Monteiro realizou turnês pela Alemanha, Espanha, Irlanda, Rússia, Itália, Suíça, Portugal, Estados Unidos e América Central. Foi solista de renomadas orquestras do exterior, incluindo a Filarmônica de São Petersburgo, Filarmônica de Moscou, Filarmônica de Munique, Orquestra de Câmara de Viena, Sinfônica Nacional da Irlanda, entre outras. Desde 2002 atua como Professor Doutor de piano no Departamento de Música da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. O regente Nascido em Montevidéu, Uruguai, o maestro Léon Halegua especializou-se, a partir de 1985, em regência sinfônica com o maestro Isaac Karabtchevsky e trabalhou como seu maestro assistente na OSB, de 1990 a 1994. Neste período, dirigiu o ciclo de concertos da sala Cecília Meireles no Rio de Janeiro. Halegua tem trabalhado com as principais orquestras do Brasil, onde mora atualmente, entre elas: Sinfônica Brasileira, Sinfônica Nacional, Pró Música, de Brasília, da Bahia, da Paraíba, Sinfônica Estadual de São Paulo. Tem atuado, também, à frente das principais orquestras da Venezuela, Argentina e Uruguai. Desde 1994 é maestro titular da Associação Brasileira Hebraica de São Paulo, com a qual tem realizado apresentações com importantes solistas internacionais, bem como turnês por Israel, Chile, Argentina, Uruguai e Brasil. O programa O Concerto nº 3 para Piano e Orquestra é, seguramente, o primeiro grande concerto beethoviano - em dó menor, tão caro ao compositor - marcando um progresso muito sensível no equilíbrio entre solista e orquestra, finalmente tratados como verdadeiros parceiros. Apresentado pela primeira vez durante um grande concerto vienense em 1803, o concerto foi dedicado ao príncipe da Prússia, Luis Ferdinando. Escrita em 1850, a Sinfonia nº 3 foi estreada no ano seguinte em Düsseldorf, sob a regência de Schumann. O nome Renana tem origem num subtítulo primitivamente previsto pelo compositor Episódio de uma vida às margens do Reno. Schumann desejava expressar nessa obra tudo o que podia lembrar o rio, suas paisagens, suas lendas, na alma dos românticos alemães. Eminentemente poética, de inspiração popular, a Terceira Sinfonia é evidentemente uma homenagem à velha Alemanha.