O Palácio Piratini, em Porto Alegre, completa 81 anos na próxima quinta-feira (16). Neste dia ocorrerão visitas guiadas especiais às suas dependências. Além das tradicionais visitas guiadas à ala governamental e jardins, poderão ser visitados os Salões dos Espelhos, dos Banquetes e o Oratório, na Ala Residencial e, também, o Galpão Crioulo, localizado nos fundos da residência do governo estadual. Os interessados podem comparecer neste dia, das 9 às 11h e das 13 às 17 horas. Às 10 horas, no Hall de entrada, haverá uma apresentação do Coral do Banrisul. Durante todo o dia os visitantes poderão também degustar rapaduras de Santo Antônio da Patrulha no Galpão Crioulo. A fachada frontal do prédio está passando por reformas que deverão estar concluídas em agosto. Também estão sendo recuperados os móveis do Salão Alberto Pasqualini. Informações e agendamentos de visitas podem ser feitos pelo fone (51) 3210.4168 ou pelo e-mail visitacao@piratini.rs.gov.br. Dados estão disponíveis no site www.palaciopiratini.rs.gov.br Homenagem à República Em 16 de maio de 1921 o Palácio Piratini foi aberto oficialmente, mesmo inacabado, pelo governador Antônio Augusto Borges de Medeiros, mas foi construído pela vontade do governador Júlio de Castilhos para celebrar a República. A pedra fundamental foi colocada em 1896, mas foi em 1909, com o projeto remodelado pelo arquiteto francês Maurice Grass, que a obra tomou ritmo. Predominam em seu estilo arquitetônico, influências do neoclássico francês, barroco e rococó. Em 1955 foi batizado de Piratini, palavra indígena que significa peixe seco, e é o nome da cidade gaúcha que primeiro sediou o governo rio-grandense durante a Revolução Farroupilha (1835-1845). A conclusão do prédio ocorreu na década de 60. As paredes são de pedra silex francesa. O hall de entrada em estilo francês art noveau, tem detalhes folheados em bronze e a escadaria de mármore francês. Os visitantes podem conferir na Ala Governamental os murais do pintor Aldo Locatelli, executados na década de 50, tanto no Salão Negrinho do Pastoreio, como no Alberto Pasqualini. No Salão Negrinho do Pastoreio estão 18 painéis pintados no teto e nas paredes retratando a lenda gaúcha do Negrinho do Pastoreio. Os estofados integram o mesmo conjunto existente no Gabinete do Governador e do Chefe da Casa Civil, com madeira entalhada e folhada a ouro. Este espaço é utilizado para solenidades oficiais, como posses de governadores e secretários, assinaturas de convênios e eventos diversos. O Salão Alberto Pasqualini possui dois grandes murais de Locatelli, um retratando a composição étnica da população do Rio Grande do Sul e o outro a fundação da cidade de Rio Grande, a mais antigo do Estado. Neste local ocorrem entrevistas à imprensa, reuniões, palestras e audiências. O mobiliário, formado por mesa de reuniões, mesa para pronunciamentos e cadeiras diversas são feitas de madeiras com incrustações em bronze. Esculturas Nas paredes externas nos fundos do Palácio está a obra Quatro Estações, do escultor Paul Landowsky, mesmo autor do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Próximo ao acesso do Galpão Crioulo há uma escultura em bronze do artista gaúcho Vasco Prado, retratando o Negrinho do Pastoreio sobre um formigueiro. Nos jardins próximos ao Galpão Crioulo, também há um forno a lenha, poço e carroças características da cultura gaúcha. Nas galerias do térreo (antigas garagens), dois veículos chama a atenção dos visitantes. Um deles é um Ford 1919, o primeiro automóvel fabricado no mundo, comprado por Borges de Medeiros. O outro veículo de fabricação alemão, da marca Stuts de 1928, utilizado por Getúlio Vargas, ainda funciona e é utilizado pelo governo estadual nos desfiles de 7 e 20 de setembro. Sede do Poder Executivo, o prédio abriga, além do Gabinete do governador (1º andar), o Gabinete da Casa Civil (térreo), o Gabinete do vice-governador (ala residencial), a Chefia da Casa Militar, a Coordenação da Defesa Civil, a Assessoria de Comunicação (subsolo) e a Comunicação Oficial.