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Palestrantes apresentam projetos de integração física dos países da América do Sul

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A integração física é a base para uma união política e econômica. A partir desta idéia central, os palestrantes do Seminário Internacional Brasil, América Latina e a União Europeia: desafios e oportunidades na Globalização apresentaram suas considerações, na terceira conferência realizada nesta segunda-feira (03), no painel Integração Regional na América do Sul. O evento, que teve início esta manhã, é uma iniciativa do Governo do Estado, e prosseguirá nesta terça-feira (04), no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre.

Os projetos e investimentos em infraestrutura e sua importância na integração dos países da América do Sul dominaram os debates na oportunidade. A secretária de Planejamento e Investimentos Estratégicos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Maria Lucia Falcón, apresentou os 31 projetos em andamento pela Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA), programa para o desenvolvimento da infraestrutura de transporte, energia e comunicações envolvendo os doze países que integram a União Sul-Americana de Nações (Unasul).

Maria Lucia elencou projetos tocados pelo Governo Federal junto à Unasul. Entre eles, a secretária destacou a construção do corredor ferroviário Bioceânico Brasil-Paraguai-Argentina-Chile e do corredor rodoviário Interoceânico Brasil-Bolívia-Chile. Ao lado de investimentos em aeroportos, gasodutos e linhas de transmissões, estes fazem parte da agenda de Projetos Prioritários de Integração da América do Sul. Também destaco o projeto de banda larga para toda a América do Sul, que está sendo trabalhado pelos Ministros de Comunicações de todos os países.

O principal desafio para efetivar a integração física é, segundo ela, é reduzir as assimetrias entre os países sul-americanos. A falta de capacidade técnica e financeira de alguns países também dificulta a elaboração dos projetos, salientou. O diretor técnico da Itaipu Binacional, Rubem Brasa Soto, destacou a energia elétrica como fator de integração e traçou um panorama da oferta energética proporcionada pela Usina de Itaipu, localizada nas fronteiras entre Brasil, Paraguai e Argentina.

O desafio para Soto é passar da bilateralidade para uma multilateralidade envolvendo os outros países na matriz energética. Os excedentes de energia que temos, sobretudo no Paraguai, abrem a possibilidade de serem utilizados através da integração com os outros países, bastando apenas superar as barreiras políticas. Soto acredita que seminários como este ajudam os países a integrar suas ações e discutir alternativas para qualificar os serviços e melhorar a infraestrutura, proporcionando a ampliação de acordos regionais.

Texto: Juliano Pilau
Edição: Redação Secom (51) 3210-4305

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