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Pesquisador da Embrapa Trigo fala sobre produção de leite para mais de 400 produtores

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Um dos mais conceituados pesquisadores em pecuária de leite do sul do Brasil, Renato Serena Fontaneli, da Embrapa Trigo, ofereceu razões de sobra para convencer o produtor a fazer a integração lavoura - pecuária de leite durante palestra em Condor. “No inverno, temos área de lavoura disponível para fazer pasto”, disse Fontaneli em evento promovido pela prefeitura, Emater/RS-Ascar e Governo do Estado. A atividade reuniu mais de 400 pessoas de nove municípios do Noroeste gaúcho. 

De olho nos benefícios econômicos, agronômicos e ecológicos, Fontaneli insistiu para que os produtores gaúchos pensem a respeito dos cinco milhões de hectares que ficam ociosos no inverno. O pesquisador comparou a área cultivada no verão - aproximadamente seis milhões de hectares - com soja, arroz, feijão e sorgo, com a área cultivada no inverno - em torno de um milhão de hectares - com trigo, aveia branca, cevada, triticale e centeio. “A atividade leiteira é árdua, complexa, mas permite renda. Temos de encarar essa atividade como ‘duas colheitas’ por dia”, afirmou o pesquisador da Embrapa Trigo. 

Segundo Fontaneli, a integração lavoura - pecuária de leite, em um Estado de clima subtropical como o Rio Grande do Sul, abriria uma “janela de oportunidades” para diversificar e aprimorar os sistemas de produção de grãos e de pastagens, conservaria melhor o solo, reduziria a incidência de doenças e plantas daninhas, tornaria mais eficiente o uso das máquinas agrícolas e alargaria a margem de lucro do produtor. “O problema do sistema intensivo é que ele acaba estreitando a margem de lucro”, justificou, embasado na pesquisa realizada pela Embrapa sobre Leite a Pasto em Sistemas de Integração Lavoura-pecuária. 

Texto: Assessoria Emater/RS-Ascar 
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305

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