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Praia do Cassino é o balneário marítimo mais antigo do País

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12.02.12: Veranistas passeiam de vagoneta nos Molhes da Barra, na praia do Cassino, Rio Grande.
Verão Numa Boa - Foto: Camila Domingues/Palácio Piratini

Ao chegar ao início dos molhes da barra, logo se avistam vagonetas e vagoneteiros prontos para conduzir os visitantes ao encontro das belezas da vida marinha que se pode observar na praia do Cassino, em Rio Grande. Vagoneteiro há mais de 40 anos, Amélio Escobar Ferreira diz que os molhes são um dos lugares mais procurados por turistas, já que a partir dos trilhos é possível entrar quatro quilômetros mar à dentro. E Cassino tem história: é considerado o balneário marítimo mais antigo do Brasil, com 122 anos.

A visão do encontro do Oceano Atlântico com a Lagoa dos Patos, a maior lagoa costeira da América do Sul, faz do passeio de vagoneta realizado no balneário Cassino um dos mais procurados, já que é possível visualizar a praia do Mar Grosso, no município vizinho de São José do Norte (molhe leste), navios entrando no canal de acesso ao Porto do Rio Grande, aves da fauna local, como gaivotas e andorinhas do mar e principalmente a área de descanso e alimentação de leões e lobos marinhos.

Praia mais longa
A praia do Cassino atrai também por suas curiosidades turísticas. Consta no livro dos recordes como a maior praia em extensão do mundo, tendo mais de 240 km de comprimento, estendendo-se até o Chuí. O peixe, principal atividade do município, é destaque gastronômico dos restaurantes da cidade e do balneário, que oferecem aos seus visitantes pratos variados com frutos do mar.

A Festa do Mar, que este ano acontece de 29 de março a 08 de abril, oferece como prato forte a anchova assada na brasa, caracterizando este como um prato típico do município. A rede hoteleira também é ampla para quem pretende passar os últimos dias de veraneio na praia. Pousadas, camping e o aluguel de casas também são opções bastante procuradas, inclusive no centro da cidade, já que a distância até o balneário é de apenas 22 quilômetros.

Museu Oceanográfico
O Museu Oceanográfico Prof. Eliézer de Carvalho Rios deu origem ao Complexo de Museus e Centros Associados da Universidade Federal do Rio Grande. Mantém uma exposição pública sobre a vida e a dinâmica dos oceanos, apresentada em painéis, maquetes, aquários e diversos equipamentos utilizados em pesquisas oceanográficas. No Museu também é possível conhecer o Centro de Recuperação de Animais Marinhos (CRAM), onde normalmente são curados de doenças e ferimentos, ou limpos de contaminação, focas, lobos e leões marinhos, pinguins, albatrozes, gaivotas e tartarugas. A instituição está aberta à visitação de terça a domingo, das 9h às 11h30min e das 14h às 18h.

Navio encalhado
O navio Altair, embarcação encalhada desde junho de 1976 no Cassino, sofre com a ação do tempo e da maresia e lentamente vai desaparecendo na areia. Quem passa pelo local, 12 quilômetros ao sul da estátua de Iemanjá, enxerga um esboço do que ele foi um dia, já que seus destroços exibem os efeitos da corrosão à beira-mar. Na praia, virou costume subir até sua cabine de ferro coberta de ferrugem e musgo e tirar foto junto aos mastros enferrujados e cada vez menos reconhecíveis. O local também é muito procurado para a pescaria esportiva, já que buracos no entorno facilitam a concentração de peixes.

Casa de Governo
Localizada na Avenida Rio Grande, próximo à estátua de Iemanjá, a Casa de Governo do balneário Cassino irá encerrar os serviços ao público no dia 04 de março. Durante os três meses de funcionamento da Casa de Governo, o serviço mais procurado foi o do Instituto Geral de Perícia, para a confecção da carteira de identidade.

Texto: Daiane Roldão da Silva
Foto: Camila Domingues
Edição: Redação da Secom (51) 3210-4305

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