Primeiro aerogerador do parque eólico de Osório foi montado em oito horas e envolveu 25 pessoas
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O primeiro aerogerador erguido em Osório, na última sexta-feira (17), levou 8 horas para ser montado em cima da torre de concreto com 100 metros de altura. A operação envolveu 25 pessoas. O coração do cata-vento gigante demorou dois dias para ser içado pelo maior guindaste do mundo sobre rodas (de 750 toneladas), importado da Alemanha. Tudo por culpa do vento, a matéria-prima principal do parque eólico de Osório. Segundo o gerente da obra, o engenheiro João Junqueira, o aerogerador só pode ser montado com ventos abaixo de 9m/s (32,4 Km/h), o que não ocorreu na quarta e quinta-feira (dias 15 e 16). O engenheiro revela que a partir de ventos com 4 m/s (14,4 Km/h) já é possível gerar energia. Junqueira estima que o parque eólico produza energia em 2.950 horas por ano. O índice de aproveitamento é de 33%, um dos maiores do mundo. Segundo o secretário de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres, o índice de aproveitamento dos ventos na Alemanha, país onde a tecnologia eólica é mais avançada e amplamente utilizada, é de 25%. “A capital dos ventos, Osório, terá o maior parque eólico da América Latina e um dos maiores do mundo, constituindo-se numa das principais atrações turísticas do Estado”, salienta Andres. O secretário informa que as medições de ventos no litoral norte do Estado apontam para uma velocidade média dos ventos de 8 m/s (28,8 Km/h).