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Programa da Fapergs voltado a pesquisadores que querem empreender é destaque na Gramado Summit

Edital de R$ 12,6 milhões foi apresentado na Arena de Conteúdos do governo

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Painel Doutor Empreendedor
Representantes da Fapergs compartilharam experiências e resultados do programa Doutor Empreendedor - Foto: Jéssica Moraes/Ascom Sict

Como transformar o conhecimento científico em soluções inovadoras para o mercado foi o foco do painel da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs), realizado nesta quinta-feira (5/6), na Arena de Conteúdos do governo na Gramado Summit. O evento tem correalização do Estado e ocorre até sexta-feira (6/6), no Serra Park, em Gramado.

O debate abordou os desafios enfrentados por pesquisadores doutores para inserir suas ideias no universo do empreendedorismo e da inovação. O diretor-presidente da Fapergs, Odir Dellagostin, o diretor administrativo-financeiro Mauro Mastella e o diretor técnico-científico Rafael Roesler participaram do painel.

Durante a conversa, os representantes da Fapergs compartilharam experiências e resultados do programa Doutor Empreendedor. Trata-se de uma iniciativa inédita no país, que nasceu no Rio Grande do Sul e busca conectar o ambiente acadêmico ao mercado, incentivando pesquisadores a empreenderem com base em suas teses e projetos científicos.

Dellagostin destacou que o Rio Grande do Sul é o Estado com a maior concentração de doutores do país. “São formados 2.500 doutores por ano, que passam a ter uma nova oportunidade além da atividade exclusiva na academia, com a possibilidade de empreenderem”, disse.

O diretor mencionou o sucesso do programa, que, na primeira edição, em 2019, contemplou 20 empreendedores; na segunda edição, em 2021, teve 37 selecionados e, na terceira edição – que está com prazo de submissão aberto até 27 de junho –, deverá beneficiar 50 doutores. O investimento total desta edição é de R$ 12,6 milhões, provenientes do orçamento da Fapergs, que é vinculada à Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict).

Roesler salientou que a startup criada por um acadêmico é um instrumento de transferência do conhecimento gerado nas universidades para o mercado em benefício das pessoas. “Esse programa foi muito bem desenhado e tem como base países desenvolvidos, onde há a geração de valor econômico, com impacto social através de startups que nascem na academia.”

Mastella ressaltou que o Doutor Empreendedor mantém a relação com as universidades por intermédio da startup criada. “Essa relação proporciona que surjam empreendedores qualificados, criando empresas tecnológicas com excelência. Para tal, nesta terceira edição, serão disponibilizados aproximadamente R$ 240 mil para cada empresa, sendo R$ 150 mil em bolsas”, concluiu. O edital está disponível aqui.

Os interessados em submeter projetos para o programa Doutor Empreendedor podem participar de um workshop que será realizado, de forma on-line, no dia 11 de junho, com divulgação no site da Fapergs em breve.

Sobre o Doutor Empreendedor

O programa Doutor Empreendedor tem como objetivo incentivar que o conhecimento tecnológico gerado nas universidades possa chegar ao mercado. Os projetos de pesquisa, realizados por doutores apoiados por instituições científicas, tecnológicas e de inovação (ICTs), públicas ou privadas, sem fins lucrativos, sediadas no Rio Grande do Sul, podem resultar na criação ou no fortalecimento de empresas de base tecnológica. Dessa forma, ideias inovadoras podem ser transformadas em empreendimentos potencialmente sustentáveis.

O programa é destinado a doutores empreendedores sem vínculo empregatício, com ou sem empresa já constituída. No caso de doutores que já sejam representantes legais de microempresas ou empresas de pequeno porte (MPE), estas devem ter sido constituídas a partir de 1º de janeiro de 2023. Já os doutores que ainda não possuem empresa deverão formalizá-la, obrigatoriamente, como representantes legais, até a data de envio da documentação complementar para contratação, conforme o cronograma do edital.

Os beneficiados, além da ajuda financeira, contarão com capacitações na área de gestão. O Sebrae acompanhará o desenvolvimento das empresas ao longo dos 24 meses de vigência da bolsa e dará consultorias que visam a consolidação dos empreendimentos.

Texto: Márcia Borges/Ascom Fapergs
Edição: Secom

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