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Programa de assistência alimentar da Ceasa amplia atendimento para carentes e entidades comunitárias

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Ceasa doação alimentos
Semanalmente, o Banco de Alimentos distribui frutas, legumes e verduras para famílias, entidades e associações comunitárias - Foto: Ascom Ceasa

Faz 17 anos que a Ceasa (Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul), vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural , iniciou uma revolução silenciosa. Toneladas de alimentos que eram descartadas pelos permissionários passaram a ser triados, lavados e destinados para população de baixa renda, creches comunitárias, instituições filantrópicas, asilos e entidades oficialmente registradas que tratam de crianças ou pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Em 2019, o Programa Prato Para Todos alcançou as suas maiores marcas. No começo deste ano, ampliou seu alcance. O número de entidades cadastradas passou de 140 para 162. O de famílias atendidas, de 150 para 195. No ano passado, o Banco de Alimentos distribuiu 658 toneladas de hortifrútis para 489,4 mil pessoas assistidas por instituições e destinou 48,9 toneladas de frutas, legumes e verduras para famílias carentes, contemplando 30,8 mil pessoas no período.

Em novembro, mês considerado de maior distribuição em sua história, o programa social beneficiou 77,9 mil pessoas vinculadas a instituições filantrópicas e integrantes de famílias carentes, superando a média mensal de cerca de 50 mil contemplados.

Além de garantir o direito à alimentação, previsto no artigo 6º da Constituição Federal, o governo do Estado — por intermédio do Prato Para Todos — devolveu a dignidade e o sentido de cidadania para essas pessoas.

Mérito reconhecido pela ONU

Criado em maio de 2003, o Programa de Assistência Alimentar e Combate ao Desperdício, batizado inicialmente de “Tá no Prato”, foi laureado em 2004 e reconhecido novamente em 2017 pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) como um dos melhores programas de combate à miséria e reinserção social de dependentes químicos no Brasil. Ainda, em 2017, mudou de nome e de status. O Prato Para Todos virou programa de governo.

Em 2019, o Banco de Alimentos — que coordena o programa social — foi um dos cinco modelos de gestão selecionados entre os 63 analisados pelo Ministério da Cidadania na Região Sul para elaboração de um manual de boas práticas.

Distribuição de alimentos é semanal

Uma vez por semana, o Banco de Alimentos distribui frutas, legumes e verduras para famílias, entidades e associações comunitárias cadastradas no Prato Para Todos. As instituições recebem os alimentos de segunda a sexta-feira no período da tarde. Pessoas carentes (aposentados, donas de casa, idosos e desempregados) retiram os kits no portão da Ceasa nas manhãs de quarta, quinta e sexta-feira.

O programa tem três eixos

Assistência alimentar
— Distribuição de hortigranjeiros excedentes doados por produtores e atacadistas para 162 beneficiados (creches comunitárias, instituições filantrópicas, asilos e entidades oficialmente registradas que tratem de crianças ou pessoas em vulnerabilidade social). As entidades retiram os alimentos uma vez por semana na Ceasa.

— Distribuição de alimentos no portão da Ceasa. Entrega de kits com hortifrútis para a população de baixa renda cadastrada no programa social. São beneficiadas 195 famílias. Na fila, geralmente estão idosos, donas de casa, aposentados e desempregados. A entrega dos kits é feita às quartas, quintas e sextas-feiras pela manhã.

Ação educacional (à espera da assinatura de novo convênio entre governo do Estado, Ceasa e Sesc-RS)
— O eixo educacional é composto por um ônibus-escola equipado com uma cozinha industrial, com capacidade para 24 lugares, doado pela Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre. No ônibus-escola uma equipe de nutricionistas do Sesc oferece oficinas de combate ao desperdício e aproveitamento de alimentos. São ensinadas receitas de aproveitamento integral dos alimentos, utilizando casca, folhas, talos e outras partes que normalmente são descartadas no lixo. O reaproveitamento representa uma economia de 30% a 50% no orçamento familiar. Mais de 8 mil pessoas foram capacitadas em cerca de 300 oficinas realizadas em bairros, vilas, entidades sociais, associações comunitárias e órgãos públicos. Neste momento, a Ceasa aguarda a renovação da parceria para retomar a atividade.

Reinserção social
— O eixo de reinserção social está relacionado com as 13 comunidades terapêuticas parceiras, com pessoas que já concluíram o tratamento contra drogas e alcoolismo. São voluntários que prestam serviços ao programa, como arrecadação, seleção e distribuição de alimentos às entidades. Os voluntários são acompanhados e analisados pela equipe do programa social em conjunto com as comunidades terapêuticas e, após avaliação, têm a possibilidade de reinserção no mercado de trabalho ou encaminhamento para o primeiro emprego. A Ceasa conta com o trabalho de 26 voluntários.

Texto: Eduardo Rodrigues/Ascom Ceasa
Edição: Secom

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