Programa Desassorear RS já retirou 90 mil metros cúbicos de sedimentos de pequenos rios, arroios e canais de drenagem
Em Bento Gonçalves, onde foi assinada a ordem de início há quase trinta dias, o trabalho no trecho 1 está em fase de conclusão
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Ao completar um mês da assinatura da ordem de início do Programa de Desassoreamento do Rio Grande do Sul (Desassorear RS), no município de Bento Gonçalves, as ações coordenadas pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedur) têm avançado no Estado. Até o momento, já foram retirados 90 mil metros cúbicos de sedimentos de pequenos rios, arroios, canais de drenagem e sistemas pluviais.
Em Bento Gonçalves, o maquinário está atuando no distrito de Faria Lemos, onde o trabalho de desassoreamento no Arroio Pedrinho está em fase de conclusão. No momento, as pás carregadeiras e caminhões caçamba estão auxiliando na retirada e transporte do material sedimentar extraído do arroio.
“É gratificante voltar aqui, quase trinta dias depois da primeira assinatura da ordem de início, e perceber o quanto o trabalho avançou. Hoje a obra encontra-se quase finalizada e conseguimos ver o Arroio Pedrinho voltando à sua condição normal, com a água seguindo seu curso livremente”, destacou o diretor de Apoio às Cidades da Sedur, Edinei Pavão.
De acordo com o morador do distrito de Faria Lemos, Alexsander Macagnan, nas últimas enchentes a população local sofreu por duas vezes com o transbordamento do arroio. “Foi bem difícil para a nossa região acompanhar tudo o que aconteceu aqui. Mas quando as máquinas começaram a trabalhar, surgiu uma esperança. A gente torce para que não aconteçam novos alagamentos”, afirmou.
O Desassorear RS também já está com ações em curso nos municípios de Arvorezinha, Imigrante, Anta Gorda, Arroio do Meio, Guaíba, Cotiporã, Dr. Ricardo, Igrejinha, Nova Alvorada, Santa Maria, Santa Tereza e Vila Maria. No total, 154 cidades gaúchas foram contempladas na primeira fase do programa (Eixo 1), que se concentra em recursos hídricos de pequeno porte, como rios menores, arroios e canais de drenagem.
No município de Arvorezinha, o maquinário está em campo no bairro Cerâmica, que sofreu com alagamentos nas últimas cheias. Para moradores locais, como a senhora Izolete de Lima, o trabalho de desassoreamento traz esperança de dias melhores na localidade.
“Foi muito triste abrir a porta da casa, ver que estava tudo alagado e não ter o que fazer. O que nós esperamos é que o problema dessa sanga seja resolvido, porque precisamos muito”, declarou a moradora.
Desassorear RS
O programa Desassorear RS tem como base dois eixos de atuação: o eixo 1, sob responsabilidade da Sedur, é voltado para recursos hídricos de pequeno porte, como rios menores, arroios e canais de drenagem; o eixo 2, que será implementado em etapa posterior pela Sema, contempla rios maiores, de médio e grande porte.
As ações do programa incluem a criação de normativas-modelo, capacitação de técnicos municipais e alocação de recursos financeiros para a contratação do maquinário necessário para o desassoreamento. Por meio de chamamento, será possível contratar horas-máquina, com execução direta pelo Estado, conforme manifestação de interesse dos municípios.
A iniciativa integra o Plano Rio Grande, o programa de reconstrução, adaptação e resiliência climática do Estado lançado em 2024, que visa planejar, coordenar e executar ações para enfrentar as consequências sociais, econômicas e ambientais da enchente histórica. O Desassorear RS tem investimento de mais de R$ 300 milhões do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs).
Texto: Paulo César Pedroza/Ascom Sedur
Edição: Secom