As equipes das salas de parto das maternidades do SUS cadastradas no Projeto Nascer - Maternidades estão reunidas durante todo o dia de hoje até sexta-feira no Hotel Coral Towers com a Coordenação Estadual de DST/Aids da Secretaria da Saúde do Estado (SES/RS). O Projeto, do Ministério da Saúde, visa diminuir a transmissão vertical do HIV (da mãe para o filho) na hora do parto e controlar a sífilis congênita. No Rio Grande do Sul, 22 maternidades foram selecionadas por estarem localizadas em municípios prioritários, ou seja, que atendem mais de 500 partos por ano e possuem notificação crescente de casos. No Brasil, foram pré-selecionadas 446 maternidades. Entre as ações do projeto, destacam-se a capacitação de equipes multiprofissionais em aconselhamento, fornecimento de AZT, leite artificial para os bebês, já que eles não podem ser amamentados, inibidores de lactação e testes rápidos do HIV, realizados na hora do parto quando a gestante ainda não se submeteu ao mesmo. Além disso, a iniciativa também aborda o manejo clínico das gestantes, soropositivas ou não, e crianças expostas (filhos de mães com HIV), tratamento e acompanhamento dos casos em que houver necessidade. O enfoque principal do programa é a mudança no processo de trabalho para a melhoria da qualidade da assistência ao parto, garantindo um sistema de referência especializada para mulheres HIV positivas e seus filhos recém-nascidos, explica a coordenadora do programa de prevenção à Transmissão Vertical da SES, Déa Gaio. Em 2002, 1072 gestantes e seus bebês receberam o tratamento com AZT na hora do parto. A estimativa, diz Déa, é de que 90% das gestantes estejam realizando o teste e fazendo o tratamento. Desde 1996, quando foi criado no RS o programa de Controle da Transmissão Vertical da SES, 150 maternidades de todo o Estado foram cadastradas e houve uma queda de 70¨% no número de casos. Novas oficinas já estão programadas para este mês e para julho, a fim de atender todas as equipes de profissionais.