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Projeto Natureza Protegida distribui sacolas degradáveis no Litoral Norte

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A Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler (Fepam), em parceria com secretarias, órgãos estaduais e privados, vem inovando com o projeto Natureza Protegida é Show de Vida, com a distribuição de sacolas plásticas oxi-biodegradáveis para veranistas e no uso de camisetas ecológicas. Visando contribuir para a solução do sério problema do lixo constituído de resíduos plásticos descartados incorretamente, as 200 mil sacolas produzidas para o projeto não necessitam de um ambiente biologicamente ativo para começar a se degradar, tendo vida útil de 18 meses. A deterioração acontecerá mesmo que o plástico seja descartado indevidamente ou abandonado ao ar livre. Um saco de plástico comum pode levar de 200 a 450 anos para de perder sua resistência. As 1.200 camisetas destinadas aos Patrulheiros Ambientais são feitas com 50% de algodão e 50% material reciclado originado em garrafas pet (polietileno tereftalato) e não produz nenhum resíduo tóxico, pois são formadas apenas de carbono, hidrogênio e oxigênio. O processo começa na coleta das garrafas, passa pela triagem e separação por cor, lavagem e moagem, granulação, transformação em fibra, produção do fio, produção do tecido e, por fim, a confecção das camisetas. Desde o início do veraneio, a patrulha reúne cerca de 500 alunos de 7 a 14 anos da rede escolar pública que realizam atividades de caráter educativo e recreativo, distribuindo sacolas, material informativo (feito também com papel reciclado) e cartilhas do patrulheiro ambiental aos veranistas e moradores dos municípios de Arroio do Sal, Balneário Pinhal, Capão da Canoa, Laranjal, Cassino, São Lourenço do Sul e Tramandaí. Segundo a coordenadora do Programa de Educação Ambiental da Fepam, professora Lilian Zenker, o objetivo do projeto é promover o crescimento educacional e atividades pedagógicas aos participantes, além do conhecimento para poder informar o público sobre como desfrutar das férias sem agredir ao meio ambiente. Durante a semana, os jovens recebem orientações técnicas de ambiente e cidadania em seus colégios, participam de passeios educacionais, como a aterros sanitários, estações de tratamento de água e unidades de conservação. Por mês, cada participante do projeto recebe uma cesta básica. Os sete conjuntos de lixeiras para coleta seletiva que foram distribuídas pelos municípios serão posteriormente doados para as escolas sedes. Neste sábado (11), das 9h às 12h, um estande do projeto será instalado ao lado da Casa de Governo da Brigada Militar, à Avenida Beira Mar em Capão da Canoa. E no dia 18, das 14h às 17h, ocorrerá o Congresso Infanto-Juvenil de Meio Ambiente e Cidadania no auditório da Prefeitura de Tramandaí, que discutirá o planejamento ambiental do município. A coordenação do projeto é partilhada entre a Fepam, a ONG Escola Cidadã e o Comando Ambiental da BM. Tem patrocínio da Votorantin e apoio da Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul, Corsan, CEEE, Sistema Fiergs / Ciergs, Sesi, Ventos do Sul e Skiboo. Reciclagem No Brasil a taxa de reciclagem de resinas de PET apresenta crescimento anual acima de 20% desde 1997, com picos de 35% (entre 2002/2003), sendo que 48% das embalagens pós-consumo foram efetivamente recicladas em 2004, totalizando 173 mil toneladas. No Brasil, os plásticos correspondem em média a 10% em peso do lixo urbano. Na coleta seletiva, o PET representa em média 19% dos plásticos recicláveis. O uso de plástico reciclado representa uma economia de 50% de energia. As garrafas são recuperadas principalmente através de catadores, além de fábricas e da coleta seletiva operada por municípios. Decomposição Sacos e copos plásticos – 200 a 450 anos Garrafa de plástico – mais de 100 anos Tampas de garrafas – 100 a 500 anos Chiclete – cinco anos Palito de fósforo – seis meses Papel – 3 meses Ponta de cigarro – um a dois anos Tecido – 100 a 400 anos Vidro – 4.000 anos Cascas de frutas – três meses Embalagens de papel – um a quatro meses Guardanapos – três meses Jornal – duas a seis semanas Latas de alumínio – 100 a 500 anos Nylon – 30 a 40 anos Pilha – 100 a 500 anos
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