Reativado silo da Cesa no porto de Estrela
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Desde 1976, este é o primeiro carregamento de arroz para exportação, via fluvial, retomando o uso do rio Taquari em Estrela depois de 11 anos
Depois de 11 anos sem realizar nenhum carregamento no porto de Estrela, a unidade local da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) iniciou, às 16h desta quarta-feira (9), um embarque histórico de 2,2 mil toneladas de arroz beneficiado.
O carregamento, que será concluído até a tarde desta quinta-feira (10), reativa um novo braço da logística fluvial para escoamento de grãos montada pelo governo do Estado, aproveitando as águas dos rios Jacuí e Taquari. Em funcionamento desde 1976, a esta é a primeira vez que a unidade da Cesa em Estrela embarca arroz para venda ao Exterior.
A carga total de 15 mil toneladas do cereal será completada ainda Porto Alegre, onde receberá mais 1,8 mil toneladas, e Rio Grande, com 11 mil toneladas. O destino será a África.
Dentro do planejamento realizado pela direção da Cesa, só falta a recuperação do terminal fluvial de Cachoeira do Sul, com investimento previsto de R$ 300 mil, para conectá-lo à logística formada pelas unidades de Estrela, Porto Alegre e Rio Grande. Estamos incrementando a atividade da empresa, multiplicando as suas tarefas e possibilidades, afirma o presidente da Cesa, Juvir Matuella.
Alternativa
Presente no porto de Estrela acompanhamento o começo do carregamento, o diretor comercial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Rubens Silveira, destaca que as alternativas logísticas demonstram o potencial do Estado para atender a demanda do mercado externo.
Com produto de qualidade e melhoria do sistema logístico, o Rio Grande do Sul tem condições de se consolidar como importante player no mercado internacional de arroz, afirma. Conforme Silveira, as tradings estão apostando nas novas alternativas reabertas pelo governo Yeda, abrindo caminho para exportação de grandes volumes.
Para o vice-presidente de mercados da Federarroz, Marco Aurélio Tavares, os embarques em portos regionais ampliam a logística do arroz, reduzindo custos e agilizando o carregamento no porto de Rio Grande.
O transporte pelas águas diminui os problemas na malha rodoviária. Tavares afirma que julho promete ser um dos melhores meses para as exportações de arroz e assegura que cerca de 50 mil toneladas estão armazenadas no maior porto gaúcho aguardando pelo embarque.