Receita Estadual amplia cobrança da dívida ativa no primeiro semestre de 2015
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A Receita Estadual fechou o primeiro semestre do ano com mais de R$ 469,1 milhões recolhidos em cobrança de dívidas tributárias de empresas e contribuintes individuais. Deste montante, ao redor de 82% (R$ 383 milhões) foram recuperados através da chamada cobrança administrativa, procedimento que a Receita adota antes de levar a execução fiscal para o Poder Judiciário. Na comparação com os primeiros seis meses de 2014, houve um ligeiro incremento em torno de R$ 7 milhões na recuperação dos créditos do Estado.
"É uma demonstração de que não estamos inertes diante do imposto que não é recolhido", aponta o subsecretário da Receita, Mário Luís Wunderlich dos Santos. Na comparação com o primeiro semestre deste ano, a recuperação tributária por ação direta da Receita cresceu perto de R$ 10 milhões. Entre os mecanismos que a Seção de Planejamento e Programação de Cobrança adota, está o contato direto com o contribuinte em débito, antes mesmo de proceder a notificação, com prazo de 60 dias para regularizar a situação. Posteriormente, pode haver a inclusão da dívida no Cadastro de Inadimplentes do Estado (Cadin). Outra medida mais recente é a inclusão do nome do devedor no Serasa.
Os números divulgados pela Secretaria da Fazenda confirmam a dificuldade de reaver os valores quando a cobrança é via judicial. A possibilidade da parte acionada ingressar com sucessivos recursos previstos na legislação após a ação da PGE (Procuradoria–Geral do Estado) faz com que muitas ações se prolonguem por anos.
O Estado tem hoje um volume de dívida ativa de cerca de R$ 36 bilhões, dos quais R$ 5,3 bilhões estão em fase administrativa de cobrança, enquanto os demais R$ 30,7 bilhões referem-se a ações em tramitação no Poder Judiciário. Isso ocorre sempre que o valor da dívida é superior a R$ 10 mil. Deste total, a Receita estima que perto de R$ 11 bilhões seriam efetivamente créditos recuperáveis. O restante são casos de empresas que não atuam mais no mercado e não deixaram bens para penhora por parte do Fisco.
Texto: Pepo Kerschner/Ascom-Sefaz
Edição: Rui Felten/CCom
2014 |
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Meses |
Administrativo |
Judicial |
Total |
Janeiro |
R$ 69.933.890,00 |
R$ 15.077.006,00 |
R$ 85.010.896,00 |
Fevereiro |
R$ 57.961.991,00 |
R$ 14.281.192,00 |
R$ 72.243.183,00 |
Março |
R$ 60.727.869,00 |
R$ 14.205.841,00 |
R$ 74.933.710,00 |
Abril |
R$ 63.057.601,46 |
R$ 15.058.813,79 |
R$ 78.116.415,25 |
Maio |
R$ 61.647.244,00 |
R$ 15.168.900,00 |
R$ 76.816.144,00 |
Junho |
R$ 60.617.329,00 |
R$ 14.655.818,00 |
R$ 75.273.147,00 |
Total |
R$ 373.945.924,46 |
R$ 88.447.570,79 |
R$ 462.393.495,25 |
2015 |
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Meses |
Administrativo |
Judicial |
Total |
Janeiro |
R$ 58.596.346,98 |
R$ 12.968.022,31 |
R$ 71.564.369,29 |
Fevereiro |
R$ 61.765.784,41 |
R$ 12.866.690,98 |
R$ 74.632.475,39 |
Março |
R$ 63.395.633,18 |
R$ 13.955.352,58 |
R$ 77.350.985,76 |
Abril |
R$ 60.490.798,37 |
R$ 14.837.633,76 |
R$ 75.328.432,13 |
Maio |
R$ 63.840.879,74 |
R$ 14.443.242,87 |
R$ 78.284.122,61 |
Junho |
R$ 75.751.747,60 |
R$ 16.284.439,00 |
R$ 92.036.186,60 |
Total |
R$ 383.841.190,28 |
R$ 85.355.381,50 |
R$ 469.196.571,78 |
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