Representantes do governo e do Japão avaliam novas áreas para investimentos
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Áreas como setor naval, produção de óleo e gás e indústria carboquímica, que transforma carvão em gás, são alguns dos segmentos que poderão atrair novos empreendimentos para o Rio Grande do Sul. O assunto foi debatido nesta terça-feira (7) entre representantes do governo do Estado e de empresas japonesas, no Palácio Piratini, em reunião coordenada pelo secretário do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco. A atividade teve a participação do governador José Ivo Sartori e do embaixador do Japão no Brasil, Kunio Umeda.
Para aproximar ainda mais gaúchos e japoneses, nos dias 31 de agosto e 1º de setembro será realizada em Porto Alegre a 18ª Reunião Conjunta do Comitê de Cooperação Econômica Brasil–Japão CNI-Keidanren. O evento, pela primeira vez no RS, reunirá as maiores empresas japonesas e brasileiras para aprofundar a cooperação econômica entre os países.
Conforme Sartori, a intenção é que as relações econômicas avancem nos próximos anos. “Fizemos uma caminhada até aqui, e esperamos que ela seja maior”, afirmou. Ao destacar as dificuldades financeiras do Estado, o governador disse que o Executivo fará o que for preciso para equilibrar as contas públicas e retomar a trajetória do desenvolvimento. “Com a ajuda de vocês, isso ficará facilitado”, acrescentou.
De acordo com o secretário Fábio Branco, a intenção é fortalecer os laços com as empresas que tenham investimentos para colocar o RS na agenda de novos empreendedores. “Queremos dar competitividade e ampliar mercado para o Porto de Rio Grande”, afirmou, após participar da solenidade que celebrou os 120 anos das relações Brasil–Japão e os 35 anos de irmandade entre a Província de Shiga e o RS. Acrescentou que o governador determinou às secretarias trabalhar de modo integrado, visando a agilizar novos empreendimentos, mas sem deixar de lado a sustentabilidade ambiental.
Conforme Branco, o fato de o Estado deter mais de 90% das reservas de carvão mineral do Brasil pode representar uma oportunidade de atrair empreendimentos de alta tecnologia, sem agredir o ambiente. No setor naval, que já conta com estaleiros em construção em Rio Grande e São José do Norte, a meta é ampliar e tornar a região uma referência global. “Temos mão de obra, parques tecnológicos e pesquisas”, completou.
No encontro, representantes da Mitsubishi Corporation do Brasil S.A. , da Mitsubishi Eletric do Brasil Comércio e Serviços, da Mitsubishi Indústrias Pesadas do Brasil Ltda., do Banco de Tokyo-Mitsubishi UFJ Brasil S/A e da Toyo Setal Participações e Investimentos S/A apresentaram suas empresas e as áreas potenciais de novos investimentos.
Atualmente, há investimentos japoneses no RS em setores como têxtil, químico, de eletrônicos, indústria naval,indústria automotiva, energia eólica, entre outros. Para atração de empreendimentos, o governo do Estado trabalha com apoio de instituições como JICA – Japan International Cooperation Agency, JETRO – Japan External Trade Organization e Câmara de Comércio e Indústria Japonesa do Brasil.
Texto: Eliane Iensen
Edição: Redação Palácio Piratini/Coordenação de Comunicação