Rigotto apóia agricultores em Brasília e exige soluções para o arroz
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O governador Germano Rigotto afirmou, nessa terça-feira (28), em Brasília, que os agricultores poderão se sentir desestimulados a continuar produzindo, caso não haja uma resposta positiva do governo federal as suas reivindicações. Rigotto participa da marcha dos agropecuaristas na Capital Federal, em apoio aos produtores do Rio Grande do Sul, que pedem ao governo a garantia de compra de 1,5 mil toneladas de arroz excedentes e a fixação de R$ 25,00 por saca como preço de comercialização. Com um preço abaixo disso, fica impossível, disse. Amanhã, o governador vai participar da concentração dos participantes do movimento, em frente à Esplanada dos Ministérios. Aproximadamente 1,6 mil agricultores gaúchos estão em Brasília. No final da tarde, Rigotto visitou os espaços montados pela Farsul e pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), onde encontrou-se com o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi. Ele defende que a União deve cumprir o anúncio feito dias atrás de que destinaria R$ 800 milhões para a compra do arroz. Além disso, reafirma a necessidade de o governo federal estabelecer normas para controlar a concorrência indiscriminada de grãos de outros países do Mercosul com produtos brasileiros. O Rio Grande do Sul, conforme argumenta, é responsável por mais de 50% da produção orizícola do país e precisa ter um mínimo de proteção para mantê-la nos patamares atuais. Alerta Essa mobilização aqui em Brasília significa, definitivamente, um alerta de que este país precisa gerar emprego e renda e enfrentar suas desigualdades sociais, a fome e a miséria, mas, acima de tudo, necessita de apoio à produção, porque é daí que teremos o alimento, o emprego, a renda e as condições para que o Brasil cresça, disse Rigotto junto ao acampamento da CNA. Ele deu ênfase também aos prejuízos ocasionados aos produtores com a valorização artificial do real, pelos reflexos negativos que traz à balança comercial. E lamentou que a disposição manifestada pelo Ministério da Agricultura de atender a queixas dos produtores encontre resistências na área econômica do governo federal. Levando em consideração o agravamento dos prejuízos por causa da estiagem deste ano, o governador espera do governo federal, também, a liberação de recursos para que os produtores possam honrar seus compromissos com os bancos e fornecedores de equipamentos e insumos. Para isso, são reivindicados R$ 6,8 bilhões. Há fontes de financiamento, como o BNDES. Ninguém está pedindo perdão de dívida, mas compreensão, principalmente devido à seca que atingiu o Rio Grande do Sul, afirma.