Rigotto e ex-governadores levarão a Lula questões importantes do RS
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O governador Germano Rigotto disse hoje (14) que dentro de 15 ou 20 dias deverá estar em Brasília para nova reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Desta vez estará acompanhado dos ex-governadores gaúchos e serão apresentadas importantes questões para o Estado. Dentre os temas, Rigotto destaca a situação da Varig, a necessidade de o Rio Grande do Sul compensar suas perdas pela desoneração das exportações, o apoio ao desenvolvimento da Metade Sul do Estado e a obra do gasoduto Uruguaiana/Porto Alegre, fundamental ao desenvolvimento harmônico do Estado. Sobre o encontro realizado ontem (13) entre o presidente e o PMDB, o governador gaúcho espera que seja selado o apoio do partido às reformas estruturais e à política econômica do governo. Quanto à participação do seu partido em cargos no governo Lula, Rigotto afirmou que sua posição é a mesma adotada inicialmente. Logo depois da eleição, no meu primeiro encontro com o presidente Lula, eu disse que achava que o PMDB deveria dar sustentação ao governo sem participar em cargos, para não misturar com fisiologismo, clientelismo e passar a idéia de estar trocando cargos por favores. Isso não é bom para o governo e nem para o PMDB. O governador assinalou que as reformas tributária e previdenciária são extremamente importantes para o Brasil, como também a política econômica. O encontro entre o presidente, senadores e deputados deve servir para que o compromisso do PMDB, com os seus mais de 70 deputados federais e mais de 20 senadores, seja cada vez maior no apoio às reformas. Não é o governo, mas o país que precisa de sustentação no Congresso Nacional. Na avaliação de Rigotto, o apoio não deve significar impedimento de o partido apresentar emendas e buscar o aperfeiçoamento do projeto de governo. Mesmo admitindo a hipótese de que o PMDB venha a ocupar cargos no governo Lula futuramente, o governador disse que o melhor é não aceitar cargos. Mas se amanhã houver uma participação por decisão majoritária, vou ter que me submeter. Eu não tenho voto no Congresso, mas posso opinar e formar opinião. Quem vota são os deputados e senadores e eles podem chegar à conclusão que a minha posição não é a melhor, a mais correta. No entanto, vou tentar levar minha posição, mostrar por que penso assim, não só aos deputados e senadores do Rio Grande do Sul, mas a todo o Congresso.