O governador Germano Rigotto lançou, no final da tarde de hoje (9), em Pelotas, a pedra fundamental do novo parque fabril da Lifemed Industrial de Equipamentos e Artigos Médicos e Hospitalares, na Rua Giuseppe Mattea, bairro Anacleto Firpo. A unidade produzirá componentes plásticos para fabricação de equipos (dispositivos para controlar a condução de soro do frasco ao corpo dos pacientes). Serão investidos R$ 36 milhões. Desse total, R$ 31 milhões correspondem ao valor fixo e R$ 5 milhões, ao capital de giro. O projeto é apoiado pelo Governo do Estado, com incentivo do Fundo Operação Empresa (Fundopem). É mais um investimento da maior importância para o Rio Grande do Sul e, em particular, para a Metade Sul, a exemplo de outros tantos que estão trazendo a esta região o desenvolvimento que ela precisava, afirmou Rigotto. Conforme o governador, o investimento da Lifemed representa mais tecnologia para o Rio Grande do Sul e fortalecimento para a Metade Sul. Rigotto salientou ainda que o Governo do Estado valoriza as parcerias com quem quer empreender e prioriza a política de atração de investimentos, que significam desenvolvimento econômico e social e mais qualidade de vida para a população. Nova planta De acordo com o diretor-presidente da Lifemed do Brasil, Franco Pallamolla, o projeto da empresa está em sintonia com a vocação realizadora e empreendedora que identifica o atual governo estadual, sob a liderança de Germano Rigotto. Tenho a convicção de que em 2008, quando pretendemos estar inaugurando este parque fabril inaugurado, os novos funcionários da empresa em Pelotas estarão se somando para gerar cada vez mais e melhores produtos nos mercados nacional e internacional, afirmou Pallamolla, lembrando que a Lifemed completa 28 anos em 2006. A nova planta será construída em um terreno de 17.451 metros quadrados, no Distrito Industrial de Pelotas, e vai possibilitar a geração de 243 empregos, a curto prazo, e outros 343 a médio prazo. Atualmente, a Lifemed emprega 220 pessoas no município, onde atua desde 1999. Com a expansão, o número de funcionários poderá chegar a 700, nos próximos três anos. As obras deverão estar concluídas até o final de 2007. Também fazem parte dos planos da Lifemed a ampliação de sua linha de produção de novos itens (como bombas de seringa, equipos gravitacionais, reprocessadora de endoscópios e roupas cirúrgicas descartáveis) e o aumento da capacidade de fabricação de equipamentos já produzidos, como bombas de infusão LVP, campos cirúrgicos, detergentes enzimáticos e embalagens descartáveis. Além disso, o projeto inclui a realização de procedimentos de esterilização a ETO nas dependências da unidade industrial e a disponibilidade de sala limpa classe 100 mil, que permita acesso a mercados internacionais, por meio de qualificação de produtos. Para este ano, a Lifemed estima o faturamento de R$ 55 milhões, resultante do crescimento projetado de mais de 20% nas vendas em relação a 2004. A empresa vem realizando pesquisas em parceria com universidades gaúchas, como a PUCRS (por meio do TecnoPUC), a Universidade Católica de Pelotas (UCP) e a Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Segundo Pallamollo, o empenho do Governo do Estado em promover o crescimento da Metade Sul, somado à qualidade da mão-de-obra gaúcha, foi determinante para a expansão industrial em Pelotas. Estiveram também presentes ao lançamento da pedra fundamental o prefeito de Pelotas, Adolfo Fetter Júnior, o deputado estadual Nelson Härter, secretário estadual do Turismo, Esporte e Lazer, José Heitor Gularte, e o diretor de Operações do BRDE, Lélio Souza, além de autoridades regionais. Convênios No Centro de Eventos da Fenadoce, o governador inaugurou a 14ª edição da Feira Nacional do Doce e assinou três convênios em apoio ao desenvolvimento da Metade Sul. O primeiro foi um protocolo de intenções entre o Governo do Estado, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Pelotas e a Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul) para implantação e desenvolvimento do Escritório de Negócios da Região Sul, que vai estimular a atração de empresas e auxiliar no estabelecimento de políticas para o desenvolvimento da região. Para isso, o Governo do Estado, através da Secretaria do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, promoverá as ações necessárias, oferecendo recursos técnicos, financeiros e programas estruturantes. O segundo foi um contrato de financiamento do BRDE à Cooperativa Sul-Riograndense de Laticínios – Cosulati, no estande da Cooperativa. Os recursos, no valor de R$ 15,2 milhões, serão usados na implantação da nova unidade de leite em pó da Cosulati, com capacidade para 450 mil litros/dia. O projeto beneficiará mil famílias de produtores. Depois, no estande da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Rigotto assinou protocolo de intenções entre a Fundação Cultural Piratini e a instituição de ensino superior. A parceria, com validade de um ano, prevê a realização de atividades institucionais e operacionais conjuntas, de caráter educativo, artístico e informativo. A Universidade enviará, diariamente, à TVE e à FM Cultura o material gerado em Pelotas para exibição nos diferentes programas das duas emissoras. O documento foi assinado também pelo presidente da Fundação, Flávio Dutra, e pelo reitor Alencar Mello Proença. Os documentos são uma mostra da preocupação do Governo do Estado em desenvolver as potencialidades econômicas da região. A atuação do governo estadual está presente nos setores industrial, agropecuário e cultural da Metade Sul gaúcha, afirmou o governador. Até pouco tempo, a atividade econômica predominante na Metade Sul do Estado era a agropecuária. De 2003 para cá, já foi confirmada a instalação de 54 empresas na região, o que corresponde ao investimento total de R$ 15 bilhões e à geração de 20 mil empregos. Entre os outros projetos que vêm impulsionando a economia local, estão empreendimentos da Votorantim Celulose Papel, Stora Enso, Aracruz Celulose, Tanac e Biachini. Paralelamente, ocorre o desenvolvimento de setores como os de metal-mecânica, logística, química, petroquímica, madeira, móveis e artefatos, energia gerada a partir da casca de arroz e de construção naval.