O governador Germano Rigotto afirmou, hoje (11) à tarde, na abertura da reunião conjunta do Conselho Nacional de Política Agrícola e Agronegócio (Consagro), que se sentia orgulhoso de acolher no Rio Grande do Sul os participantes da 3ª Reunião do Consagro, elogiando a disposição do setor público em criar condições de integração entre todas as partes da cadeia produtiva. Rigotto voltou a frisar a importância de se voltar ao tema da soja transgênica. Se não aproveitarmos a semente geneticamente modificada, não teremos sementes em quantidade necessária para a próxima safra, advertiu, lembrando que é fundamental definir um marco legal sobre a biotecnologia, mesmo que através da publicação de uma Medida Provisória (MP). O governador lembrou que países vizinhos como Uruguai e Argentina utilizam estes produtos e mesmo em países europeus já existe um entendimento pela liberação das sementes. Logo, é preciso definir rotulagem especial que a distinga da convencional, o que vai garantir ao consumidor final saber o produto que compra, afirmou. Durante a reunião, o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, anunciou o convênio operacional entre o Banco do Brasil e o Governo do Estado, através da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, pela Emater, garantindo apoio financeiro para o plano de safra 2003/2004 no valor de R$ 3,6 bilhões. Esses recursos representam o valor mais alto entre os estados brasileiros que receberão parte do total de R$ 32 bilhões. É um reconhecimento ao setor primário gaúcho e uma forma de garantir ações integradas de pesquisa, preservação ambiental, assistência técnica, capacitação, crédito e apoio à comercialização. Isso possibilitará o aumento da competitividade e da sustentabilidade do agronegócio gaúcho, afirmou Rodrigues. Os recursos incluem os programas de fruticultura da Secretaria da Agricultura, Pronaf, Proger, BNDES, Prodefruta, Moderagro, Mederinfra, Proleite, Moderfrota, Finame Especial, Propflora e BB Agricultura Orgânica. O vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Ricardo Alves da Conceição, disse que o setor primário é a carteira de financiamentos com o melhor desempenho e com uma inadimplência praticamente nula, especialmente no Rio Grande do Sul.