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RS registra a segunda maior economia com o horário de verão

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O horário brasileiro de verão, que termina à meia-noite deste sábado (18), quando os relógios devem ser atrasados em uma hora, gerou uma economia de 6,3% na demanda de energia no horário de pico (das 18h às 21h) e de 0,6% no consumo total de energia, segundo estimativa preliminar da Secretaria de Energia, Minas e Comunicações, em conjunto com o Operador Nacional do Sistema (ONS). No ano passado, a economia com o horário de verão foi de 3,5% na demanda e de 0,5% no consumo. “O Rio Grande do Sul foi o estado brasileiro que teve a segunda maior economia de energia no período, conforme levantamento preliminar”, diz o secretário Valdir Andres. A Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) estima a maior economia entre as empresas distribuidoras de energia do Estado, com 3,8% na demanda e 0,7% no consumo. A RGE calcula uma redução de 2,1% e 0,3% e a AES Sul deve registrar 3,5% e 0,6% na demanda e no consumo de energia com o horário de verão, respectivamente. A economia geral do Estado de 6,3% na demanda e de 0,6% no consumo ainda contempla as perdas no sistema de distribuição de energia da rede básica, controlado pelo ONS. De acordo com Andres, a economia gerada com o horário de verão – de 247 MW –seria suficiente para abastecer as cidades de Pelotas e Canoas juntas, por um ano. “A adoção do horário de verão representou uma economia de cerca de US$ 250 milhões ao Estado”, diz Andres. “Sem esta medida, precisaríamos construir uma usina hidrelétrica como a de Passo Fundo ou uma usina termelétrica e meia de Canoas, da Refap”, completa o secretário. No País No Brasil, o Ministério de Minas e Energia avalia que a redução da demanda no horário de pico de consumo foi plenamente atingida, com redução de 1.665 MW (4,6%) no Sudeste e Centro-Oeste e 560 MW no Sul (5,6%), no total de 2.225 MW e equivalente ao abastecimento de uma cidade com 4,5 milhões de habitantes e a uma economia de US$ 1,1 bilhão em novos empreendimentos. SAIBA MAIS - O horário de verão iniciou-se à meia-noite de 16 de outubro de 2005 e termina à meia-noite deste sábado (18/02), quando os relógios deverão ser atrasados em uma hora nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste - estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. - O estado que apresentou a maior redução da demanda de carga foi o Mato Grosso do Sul, com queda de 7,6% de carga total, seguido do Rio Grande do Sul (6,3%), Paraná e Goiás (6,2%), Mato Grosso (5,9%), Rio de Janeiro (5,8%), São Paulo (4,8%), Santa Catarina (4,1%), Espírito Santo (3,8%), Minas Gerais e Distrito Federal (3,4%). (Veja tabela abaixo) - Os benefícios com a redução de cargas nos subsistemas das regiões Sudeste e Centro Oeste equivale à carga, no horário de ponta, da região metropolitana de Belo Horizonte (cerca de 1700MW). Já na Região Sul, a redução equivale a 90% da carga no horário de pico de Porto Alegre, que é da ordem de 620 MW. - A redução de demanda permite a diminuição de investimentos em geração e transmissão para o atendimento na carga sazonal. A redução proporcionada pelo horário evita a construção de, por exemplo, usinas térmicas a gás no valor total equivalente a US$ 1,1 bilhão. - Outra vantagem na redução da demanda é o aumento da qualidade de fornecimento de energia ao consumidor final, já que possíveis problemas de sobrecarga nos equipamentos do sistema de transmissão deixam de ocorrer e, por consequência, não acarretam corte de energia. - A adoção do horário de verão baseia-se no maior aproveitamento da iluminação solar, uma vez que o período de luminosidade natural varia de acordo com a época do ano e apresenta variações mais significativas à medida que se desloca para o sul do país, o que permite um melhor aproveitamento da luz do dia durante o verão. Com a defasagem de uma hora evita-se a coincidência com a carga dos consumos comercial e industrial, cuja redução normalmente se inicia após às 18 horas. REDUÇÃO DE DEMANDA NO HORÁRIO DE PICO* * Os números definitivos serão consolidados até 30 dias após o término do horário. Mato Grosso do Sul – 43% - 7,6% Rio Grande do Sul – 247 MW – 6,3% Paraná – 210 MW – 6,2% Goiás – 81 MW – 6,2% Mato Grosso – 38 MW – 5,9% Rio de Janeiro – 371 MW – 5,8% São Paulo – 856 MW – 4,8% Santa Catarina – 104 MW – 4,1% Espírito Santo – 47 MW – 3,8% Minas Gerais – 312 MW – 3,4% Distrito Federal – 24 MW – 3,4% HISTÓRICO - Foi Benjamin Franklin, em 1784, quem teve a idéia de implantar o horário de verão para economizar velas. A idéia, na época, não chegou a sair do papel. Em 1907, na Inglaterra, um construtor chamado William Willett, membro da Sociedade Astronômica Real, deu início a uma campanha que propunha alterar os relógios no verão para reduzir o que classificava de desperdício de luz diurna. Willett morreu em 1915, um ano antes de a Alemanha adotar sua tese e se tornar o primeiro país no mundo a implantar o horário de verão. - A proposta só foi encarada seriamente durante a I Guerra Mundial, sendo adotada também pela Inglaterra e Alemanha. Na II Guerra Mundial, a Inglaterra adotou o sistema novamente, adiantando os relógios em 2 horas. A partir daí, outros países adotaram o horário de verão e continuaram a utilizá-lo mesmo após a guerra. - Nos Estados Unidos, o horário de verão começa no primeiro domingo de abril e termina no último domingo de outubro. Na Inglaterra começa uma semana antes do que nos Estados Unidos. Em outros países europeus termina na última semana de setembro. No Brasil, o horário de verão começa no início de outubro e termina em meados de fevereiro. - A história do horário de verão no Brasil começou na década de 30, pelas mãos do então presidente Getúlio Vargas: sua versão de estréia durou quase meio ano, vigorando de 3 de outubro de 1931 até 31 de março de 1932. Nos 35 anos seguintes, a medida foi instituída em nove oportunidades: em 1932, de 1949 a 1952, em 1963 e de 1965 a 1967. - Depois de muitos anos esquecido, a medida ressurgiu em 1985 por decreto do presidente José Sarney. Desde então, não deixou de ser adotado em nenhum ano.
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