Para garantir a segurança da navegação nas águas gaúchas, a Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) investirá, em 2013, mais de R$ 6 milhões no desassoreamento dos principais rios e lagos que servem de rotas comerciais no Rio Grande do Sul. A informação é do superintendente da SPH, Pedro Obelar, entrevistado desta semana no programa de rádio RS Sem Fronteiras. A entrevista, produzida pela Secretaria de Comunicação e Inclusão Digital (Secom), está disponível para download gratuito no portal do Governo do Estado.

O titular da SPH explicou que a meta do Governo é viabilizar a navegação segura nas 24 horas do dia entre as hidrovias gaúchas. Para isso, R$ 12 milhões foram investidos nos últimos dois anos em sinalização, balizamento e desassoreamento, principalmente entre os rios Guaíba e Jacuí e na Lagoa dos Patos.

Após esses investimentos, posso afirmar que toda a extensão de 300 km entre Porto Alegre e Rio Grande está totalmente segura em termos de desassoreamento. Já na sinalização náutica, estamos muito próximos de atingir os 95% de eficácia exigidos pela Marinha do Brasil, avalia Obelar.

Em meia hora de bate-papo - dividido em três blocos de 10 minutos -, o superintendente abordou a situação do modal hidroviário no Rio Grande do Sul e detalhou os projetos da SPH para impulsionar a indústria naval. Segundo ele, os portos de Porto Alegre e Pelotas, além do polo naval de Charqueadas, possuem áreas disponíveis para instalação de empresas que utilizam as hidrovias ou atuam no setor de navegação. Ao trazermos os investimentos mais para o centro do RS, utilizando as hidrovias, é como se estivéssemos estendendo o canteiro de obras que já existe em Rio Grande para outros pontos do Estado.

No encerramento do programa, Obelar ressaltou a importância das hidrovias para a circulação de passageiros e destacou que elas poderão ser utilizadas no transporte de mão de obra entre Porto Alegre e Charqueadas, após a consolidação do novo polo naval. O catamarã (entre Porto Alegre e Guaíba) serve como uma demonstração clara da viabilidade do uso de hidrovia para o transporte de pessoas, defende o titular da SPH.

Assuntos abordados:
Bloco 1 - investimentos 2011/2012 em segurança à navegação; aumento do índice de sinalização náutica, aquisição de novos sinais; extensão navegável; subutilização da hidrovia; uso atual do modal; histórico do assoreamento dos canais; custo do transporte de cargas pela hidrovia; dragagem para recuperação dos canais; desassoreamento do Guaíba e Lagoa dos Patos; projetos do governo para incrementar o setor.

Bloco 2 - investimentos privados no polo naval de Charqueadas; desenvolvimento das regiões próximas e formação de mão de obra e empregos; cursos preparatórios; melhorias da infraestrutura da hidrovia; sinalização noturna; dragagem em São José do Norte.

Bloco 3 - investimentos em 2013 para dragagem; recuperação dos parques de dragagem; recuperação dos cais de Porto Alegre com o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento; regularização de áreas do porto; transporte de passageiros; navegação 24 horas.

Texto: Juliano Pilau
Foto: Alina Souza/Especial Palácio Piratini
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305