Saúde e Emater juntas para combater a proliferação do borrachudo
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A Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS), através do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, e a Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), estão unindo experiências para combater o mosquito borrachudo (simulídeo) no Rio Grande do Sul. O assunto foi discutido ontem na abertura de uma oficina com técnicos das duas instituições, em Porto Alegre. O borrachudo está presente em 200 cidades gaúchas e precisa ser combatido. Segundo o diretor do CEVS, Francisco Paz, é muito importante a parceria entre as instituições públicas e a sociedade civil. “A Emater é nossa aliada, pois chega em todas as comunidades rurais, onde o inseto é mais encontrado”, diz Paz. Além de causar danos à saúde da população, o mosquito provoca outros transtornos na região em que está inserido. Conforme Flávio Calcanhoto, gerente técnico da Emater, os prejuízos sócio-econômicos causados por este inseto são muitos, como diminuição do rendimento de mão-de-obra do produtor rural, queda da produção de leite e carne devido ao estresse dos animais, como também desvalorização das propriedades rurais podendo levar ao êxodo rural, além de dificuldades para o turismo rural Para os técnicos do CEVS e da Emater, o controle da população dos mosquitos pode ser feito de várias práticas como evitar o desmatamento e recomposição das matas, preservação dos predadores dos inseto, não contaminação da água com poluição doméstica e agrotóxicos, construção de esterqueiras para conter o estrume dos animais e instalação nos banheiros de fossa séptica e sumidouros para evitar contamição dos córregos. Outro método de controle dos simulídeos é o uso de larvicida biológico (Bacillus thuringiensis var. israelensis ), que, aplicado conforme recomendação técnica, não causa danos a peixes, insetos e outros animais. A proliferação do borrachudo aumenta com o desequilíbrio ambiental, sendo influenciado pela quantidade de matéria orgânica na água através de dejetos humanos e de animais; uso inadequado de agrotóxicos, causando a morte de predadores e competidores do borrachudo, como peixes, insetos e pássaros, e poluição doméstica e industrial. A oficina se encerra hoje no auditório do CEVS, na rua Domingos Crescêncio, 132, em Porto Alegre.