Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Por essas ruas, nos últimos 100 anos, passou de um tudo. Modismos, revoluções de pensamento, revoluções de fato. Momentos de copiar o mundo lá fora e momentos de um orgulho provinciano que só por aqui se sabe ter.

Cada dia destes 100 anos tem o seu som. E a soma de todos esses sons, é a cara dessa música, sobre a qual tanto se discute e tão pouco se concorda. Na  série Porto Alegre 100 Anos de Música, com quatro episódios, é possível voar no tempo da cidade, com Arthur de Faria em busca dessa música, dos seus diferentes ritmos e melodias e principalmente dos seus variados personagens. Uma história que começa em 1913 e vai até os dias atuais.

A série é uma das selecionadas para a série Histórias do Sul, financiada pelo Edital da Secretaria de Cultura do RS “Rio Grande do Sul – Pólo Audiovisual”, e vai ao ar a partir dessa terça-feira (20), às 20h. 

Confira a programação dos episódios e horário das reprises:

Episódio 1  - terça, 20 de maio, às 20h – reprise no sábado, 24 de maio, às 23h30

Os primórdios (1913-1930)
O primeiro episódio desta série fala da música de Porto Alegre na virada do século XIX e suas influências multiculturais, advindas de diferentes povos que vieram, com suas raízes culturais, a compor a história e a musicalidade desta cidade. Da Itália, Savério Leonetti traz a técnica e empreendedorismo que criaram a Casa A Electrica, gravadora pioneira da América Latina. E a rica cena musical da cidade que gerou Radamés Gnattali, Dante Santoro, Otávio Dutra e toda uma geração pioneira na música da capital.

Episódio 2 – quarta, 21 de maio, às 20h – reprise no sábado, 24 de maio, às 00h

Os anos do rádio (1930 – 1960)
Começa a grande Era do Rádio, seguida da febre dos conjuntos melódicos. É  um mundo de glamour e big bands, anos dourados, onde o rock´n´roll começa a dar as caras. Em reação à americanização do mundo, o nacionalismo desponta. Aqui, surge o regionalismo e o fortalecimento da figura do gaúcho. Pelas ondas da Rádio, o programa Grande Rodeio Coringa transmite tudo isso que tece a cultura tradicionalista e o “Mundo Farroupilha”. Rádios Nacional, Farroupilha, Difusora e a Ra?dio Sociedade Gau?cha, onde se tornaram públicos grandes nomes da música nascida aqui, que atravessaram o país: Lupicínio Rodrigues e Elis Regina.

Episódio 3 – quinta, 22 de maio, às 20h – reprise no domingo, 25 de maio, às 15h30

O maldito rock gaúcho (1960-2013)
Acordes que mudaram o mundo. É a expressão mais contundente de nossa ânsia por “sermos diferentes”. Nos anos 60 forma-se o  cenário diversificado do rock gaúcho, onde a televisão se solidifica como fenômeno de massa. No bairro IAPI, surge o Liverpool . A partir dessa cena, muitas bandas e artistas criaram uma forma muito especi?fica de fazer rock, dos anos 60 até a grande explosão dos anos 80, culminando na nova geração em busca de seu espaço .

Episódio 4 – sexta, 23 de maio, às 20h – reprise no domingo, 25 de maio, às 16h

Aquela música que não tem nome (1960-2013)
Os Festivais dos anos 60, a Bossa Nova e os precursores. O Auditório Araújo Vianna como o espaço mais democrático da cidade. Uma cena e a busca de uma identidade. Época do Pentagrama, dos Almôndegas, do Musical Saracura, dos concertos de Vivendo a Vida de Lee, das Rodas de Som do Teatro de Arena. Uma geração de cantautores surge dos anos 70: Carlinhos Hartlieb, Claudio Levitan, Bebeto Alves, Raul Ellwanger, Nelson Coelho de Castro, Vitor Ramil, Nei Lisboa. É a cena gaúcha de música popular e sua busca por uma identidade e um lugar na música brasileira.

Texto: Anahy Metz
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305