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Sete de cada dez óbitos por gripe nos últimos dois anos no Estado foram de idosos

Grupo de população estimada em 2,3 milhões pessoas faz parte da vacinação contra a influenza

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Card em fundo cinza, no qual está escrito Saúde ao centro, logo abaixo de um ícone formado por uma mulher com um estetoscópio pendurado no pescoço e atrás dela, à esquerda e à direita, dois contornos representando pessoas com estetoscópio pendurado em volta do pescoço. No canto inferior direito está a logomarca utilizada pela gestão 2023-2026 do governo do Rio Grande do Sul.
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Sete de cada 10 óbitos por gripe no Rio Grande do Sul, nos últimos dois anos, foram entre a população com 60 anos ou mais. Entre os anos de 2023 e 2024 foram registados, no Estado, 423 mortes causadas por complicações em razão da infecção pelo vírus influenza. Dessas, 304 foram de idosos. O perfil justifica a prioridade deste grupo para a vacinação, que já está em andamento. No Rio Grande do Sul, são mais de 2,3 milhões de pessoas nesta faixa etária.

Os idosos também abrangem a maioria dos casos de hospitalizações (por Síndromes Respiratórias Agudas Graves) com identificação do vírus influenza. Das quase 3,4 mil internações ocorridas no Estado nos últimos dois anos, mais de 1,5 mil foram entre idosos, o que representa 46% do total.

Em 2025 (com dados até 6/4), o panorama não diverge da tendência. São 110 hospitalizações por agravamento em razão da infecção pela influenza, dos quais 46 foram entre idosos (42%). Já aconteceram seis óbitos no RS por gripe, sendo quatro deles na faixa etária dos 60 aos 79 anos.

Proteção

A vacinação é considerada a melhor estratégia de prevenção contra a influenza e possui capacidade de promover imunidade durante o período de maior circulação dos vírus, reduzindo o agravamento da doença, as internações e o número de óbitos, por isso é recomendado que este público busque o quanto antes a vacinação.

A imunidade ocorre, em média, após 15 dias da vacinação, e a duração é de cerca de seis a 12 meses. O pico máximo de anticorpos ocorre após quatro a seis semanas, embora em idosos os níveis de anticorpos possam ser menores. Há uma queda com o tempo.

A proteção oferecida pela vacinação é de aproximadamente um ano. Esse é um dos motivos pelo qual a vacina deve ser aplicada anualmente, assim como a atualização das cepas que compõem a dose. As vacinas das campanhas atuais são trivalentes e protegem contra os tipos de vírus influenza A (de dois subtipos H1N1 e H3N2) e influenza B, que são os vírus de maior importância epidemiológica, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.

Baixa cobertura em 2024 e 2023

A meta é vacinar 90% dos idosos. O índice, contudo, ficou abaixo do esperado nos últimos anos no Estado. Em 2024, apenas 52,5% dos idosos fizeram a vacina contra a gripe. Em 2023 o percentual ficou em 61,7%. No geral dos grupos (crianças, gestantes e idosos), o RS teve nos últimos dois anos a obtenção de cobertura de 56,4% em 2023 e 52,3% em 2024.

Sintomas e prevenção

A gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocada pelo vírus da influenza, com grande potencial de transmissão. Os principais sintomas da gripe são: febre, dor de garganta, tosse, dor no corpo e dor de cabeça. Em idosos, quase sempre se apresentam febris, às vezes, sem outros sintomas, mas em geral, a temperatura não atinge níveis tão altos. A principal complicação são as pneumonias, desidratação e piora das doenças crônicas. Além da vacinação, são ações de prevenção a adoção de outras medidas de higiene e comportamentais, como:

  • Lavar as mãos com água e sabão ou álcool em gel;
  • Etiqueta respiratória (cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir com antebraço ou lenço descartável);
  • Evitar contato próximo e desprotegido com pessoas que apresentem sintomas gripais;
  • Manter os ambientes bem ventilados, com portas e janelas abertas;
  • Evitar aglomerações e ambientes fechados.

Covid-19

Os idosos também são um grupo ao qual é destinada a vacinação contra a covid-19. As duas vacinas podem, inclusive, ser feitas na mesma oportunidade. O atual esquema para este público é de duas doses anuais, com seis meses de intervalo entre as doses.

Texto: Ascom SES
Edição: Secom

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