Respeitando a vocação rural da região, a unidade de internação da Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase) que atende a Fronteira-Oeste aposta na profissionalização de jovens com atividades relacionadas ao segmento agropecuário.

Ocupando uma área de 1,5 hectare, o Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Regional de Uruguaiana dispõe de um amplo espaço externo utilizado tanto para a criação de animais como para o plantio de frutas, hortaliças e plantas ornamentais.  

Os 25 jovens que participam das atividades no setor rural são orientados pelo técnico agrícola Benoni Cardoso Carlos, que atua exclusivamente no local e tem contato diário com os adolescentes. O profissional coordena as atividades que incluem a manutenção de um pequeno parque avícola, com  criação de gansos, patos e marrecos, além da produção de ovinos e de peixes em dois lagos artificiais. Na unidade ocorre ainda o plantio de hortaliças, frutas cítricas e o cultivo de rosáceas e plantas ornamentais e nativas. 

A atividades realizadas pelos jovens no setor rural são fiscalizadas e coordenadas pelo setor pedagógico e pela direção do Case. Entre elas estão a drenagem da área, limpeza, tratos culturais das plantas (poda, adubação, conservação de solo) e, no manejo animal, destaca-se a alimentação, realização de curativos, limpeza, entre outros.

Os ovos coletados nas criações de patos e gansos servem para a realização de uma permuta feita pela unidade para o fornecimento de ração para os animais. As hortaliças, em geral, são doadas para os familiares em dias de visita. Temperos, ovos e verduras também são eventualmente usados no curso profissionalizante de auxiliar de cozinha, que funciona na unidade em parceria com o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE).

A diretora da unidade, Vanessa Porto, destaca que essas ações “visam oportunizar aos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas no Case Uruguaiana novos conhecimentos que poderão ser utilizados para uma futura geração de renda. Além disso, as atividades agropecuárias têm um viés terapêutico e educativo”, diz. 

Por meio de conhecimentos básicos relacionados ao cultivo e manejo consciente das culturas, hortigranjeiros e animais, em consonância com o meio ambiente, ressalta Vanessa, “buscamos uma produção orgânica, natural e autossustentável, respeitando e preservando o meio ambiente”.

_{Texto: Marcelo Vaz/Ascom Fase
Edição: Secom}