Sistema prisional do Rio Grande do Sul supera 10 mil inscritos no Encceja 2025
Com crescimento de 26%, Estado alcança a maior participação de apenados desde a criação do exame, em 2002
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O sistema prisional do Rio Grande do Sul atingiu um marco e registrou o maior número de inscritos no Exame Nacional para a Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade (Encceja PPL) desde 2002, ano em que a avaliação foi criada. Para a edição 2025, 10.585 estudantes estão inscritos, número que representa um aumento de 26% em relação ao ano anterior.
Caminho para conseguir a certificação de conclusão dos ensinos fundamental ou médio, a prova avalia as competências e habilidades adquiridas ao longo da vida, tanto no ambiente escolar quanto fora dele. Conforme o nível de ensino, o participante recebe certificado de conclusão da Secretaria da Educação (Seduc) e pode reduzir a pena referente à carga horária de cada nível.
“O crescimento significativo é motivo de orgulho para a Polícia Penal, o que demonstra o compromisso das equipes com a promoção do direito à educação no sistema prisional. Mais do que números, estamos falando de oportunidades reais de transformação. A educação é uma das principais ferramentas para a reintegração social, e investir nesse caminho é investir em segurança pública com responsabilidade, humanidade e visão de futuro”, explica a diretora do Departamento de Tratamento Penal, Rita Leonardi.
As inscrições, realizadas pelos servidores e responsáveis pedagógicos das unidades prisionais participantes, encerraram-se em 11 de julho. As provas ocorrerão nos dias 22 e 23 de setembro, em 105 estabelecimentos prisionais do Estado, aplicadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Haverá quatro provas objetivas, por nível de ensino, cada uma contendo 30 questões de múltipla escolha, nas seguintes áreas do conhecimento: ciências da natureza e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias. Além disso, há uma proposta de redação.
Texto: Paulo André Dutra/Ascom Polícia Penal
Edição: Secom