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Sulgás é a empresa mais rentável do Sul

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Eleita pela revista Amanhã como a empresa mais rentável da região Sul, a Sulgás, de capital misto (49% da Petrobras e 51% do Estado), manteve-se superavitária nos últimos quatro anos. Neste período o lucro triplicou - serão R$ 124,8 milhões acumulados de 2003 até o final deste ano -, o faturamento cresceu 8,58% e a demanda mais do que duplicou. Aberta em 1988, a empresa passou a comercializar gás natural somente a partir de 2000, devido à liberação do acordo de importação de gás boliviano. Desde então foi aberta a rede de gás de 400 quilômetros no Estado, somando 19 municípios e R$ 185 milhões investidos. Para o governador Germano Rigotto, os resultados positivos são frutos da determinação da atual gestão de fortalecer e modernizar as estatais. “O nosso governo tirou as empresas públicas do vermelho, tornando-as superavitárias. Hoje, graças aos contratos de gestão, as estatais gaúchas são mais eficientes e prestam um serviço de qualidade à população”, reiterou. O presidente da autarquia, Edivilson Brum, atribui o desenvolvimento à expansão de clientes, à equipe, enxuta e eficiente, e ao Estado. Estou há apenas nove meses na empresa, mas já identifico a Sulgás como uma das administrações mais positivas do país, declara. Em 2003 o lucro foi de R$ 14,2 milhões. No ano seguinte foram registrados R$ 22,6 milhões. No ano passado a empresa fechou em R$ 40 milhões e, para este ano, a estimativa é de que o lucro seja de R$ 48 milhões, o que representa 238% de crescimento. Dos clientes, 49% encontram-se na área industrial, porém o consumo automotivo, comercial e serviços e residencial representam um aumento significativo na demanda: em 2003, as três áreas somavam 18 clientes e, em 2006, passaram para 77. Isto se deve aos convênios firmados entre hospitais e condomínios residenciais, que representam um importante nicho atualmente e serão responsáveis pelo crescimento ainda maior da distribuição de gás no estado, prevê Brum. Apesar da crise internacional - a nacionalização do gás boliviano e as importações da Argentina -, a Sulgás expandiu suas redes para o Vale do Paranhana (Igrejinha), numa obra de 9,5 km e R$ 5,5 milhões, que marca a interiorização do gás. Para o interior está previsto ainda a extensão para a Zona Carbonífera (Arroio dos Ratos). Na capital foram investidos R$ 1,5 milhões na conclusão do Anel de Porto Alegre; R$ 2,2 milhões aplicados no ramal para o bairro Menino Deus; e R$ 2,4 milhões na expansão da malha de distribuição no bairro Moinhos de Vento. Os preços, identificados durante a crise como o tendão de aquiles da autarquia, mantiveram-se neutralizados. O reajuste previsto após a nacionalização da Petrobras pelo presidente boliviano, Evo Morales, foi absorvido pela empresa. Nos últimos anos conseguimos absorver os reajustes, sem precisar repassá-los ao consumidor, o que também auxilia no crescimento de clientes, porque o gás é cerca de 60% mais barato do que a gasolina, avalia Brum. Ele entende que o gás ainda é uma fonte em expansão, porque a cultura do gás ainda não foi cimentada no Brasil como é na Argentina: Eles estão mais adaptados ao uso do gás. Aqui ainda é novidade. Mas eventualmente os gaúchos vão perceber, assim como os argentinos, de que é mais proveitosa a relação custo-benefício. Dos cerca de 30 mil veículos que circulam na capital, 1% já está adaptado para a utilização de Gás Natural Veicular (GNV) como combustível. Há no planejamento da Sulgás a expansão de suas tubulações para todas as regiões do estado e, para 2015, a construção do gasoduto Brasil-Argentina. Dos 2,2 milhões de metros cúbicos importados por dia dos países vizinhos, há um teto que barra a comercialização em apenas 1,4 milhões de metros cúbicos por dia, devido à produção de gás no Brasil pela Petrobras. Brum aponta que este é também um impedimento para a expansão. Queremos expandir a rede, mas para isso precisamos ser capazes de receber mais gás por dia e de comercializar mais também, contabiliza. Mas a Sulgás não vive só da marca de ser uma estatal rentável. Parcerias feitas entre a autarquia e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) trabalham pela capacitação profissional de jovens em condições sociais vulneráveis. O projeto prevê a absorção desta mão de obra pela própria empresa.
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