Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Início do conteúdo

Superintendência do Porto de Rio Grande tenta evitar atracação do navio Sea Lady

Publicação:

A Superintendência do Porto de Rio Grande (Suprg), estará chamando nos próximos dias uma reunião entre autoridades portuárias e marítimas, pescadores, ambientalistas e empresas da orla, além de representantes da comunidade rio-grandina, a fim de encontrar meios de evitar a atracação do navio Sea Lady. A embarcação, que foi expulsa das águas brasileiras há 13 dias pela Capitania dos Portos por apresentar mais de 50 irregularidades, conseguiu obter de uma empresa classificadora declaração de que não apresenta problemas. O Sea Lady está fundeado fora da Barra de Rio Grande, no chamado Polígono de Espera, e solicitou liberação para atracar e descarregar as 16 mil toneladas de ácido sulfúrico que estão em seus porões. A Suprg, autarquia da Secretaria Estadual dos Transportes, entende que Rio Grande pode sofrer os mesmos problemas acontecidos com o navio Bahamas, entre 1998 e 1999. O Bahamas entrou no porto com a mesma carga e várias irregularidades. Já atracado, a fim de evitar um risco iminente de explosão, especialistas determinaram o lançamento no Canal do Rio Grande, de 12 mil toneladas de mistura contendo ácido sulfúrico e outros ingredientes nocivos ao meio ambiente. Até agora, os pescadores e a cidade não foram indenizados pelos prejuízos sofridos. No caso do Sea Lady, repetem-se vários itens. A bandeira de conveniência - no Bahamas era maltesa, no Sea Lady é panamenha - ; diversas irregularidades no navio inclusive risco de rompimento da mangueira por onde passa a carga no momento da operação; tripulação não preparada para lidar com cargas perigosas; e a falta de liberação por sociedade classificadora. Além disto, o Sea Lady já tem 28 anos de atividades e foi expulso de vários portos, por não oferecer condições ideais de segurança. A Capitania dos Portos já determinou, quando da primeira tentativa de atracação do navio, que deveria ser avaliado pelo Port State Control (inspeção naval que verifica aspectos de navegabilidade e operacionalidade do navio e a capacitação técnica de sua tripulação), e depositar em juízo, em agência bancária de Rio Grande, 50 milhões de dólares para cobrir eventuais prejuízos à cidade e região. O Governo do Estado, através da Suprg, entende que não será possível receber novamente uma embarcação que apresenta tantos riscos e que pode trazer prejuízos ao município, ao Estado e ao Brasil. Por isto, decidiu chamar a todos os possíveis envolvidos na questão para debater e tomar decisões conjuntas, que protejam a atividade portuária e o ambiente da região.
Portal do Estado do Rio Grande do Sul