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Trabalhadores cooperativados reativam fábrica da Companhia Geral de indústrias

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O governador Olívio Dutra, o secretário do Desenvolvimento e Assuntos Internacionais, Zeca Moraes, e o presidente do Banrisul, Túlio Zamin, participam nesta sexta-feira (08) da reabertura da fábrica da ex-Companhia Geral de Indústrias (Fogões Geral), agora administrada pela Cooperativa dos Trabalhadores em Metalurgia de Guaíba (Geralcoop). O evento será às 8h30, na sede da empresa, à av. Santa Maria, 2000, Guaíba. Durante o ato, o governador oficializará a liberação, pelo Banrisul, de um financiamento no valor de R$ 600 mil, para capital de giro, que permitirá a manutenção dos equipamentos, compra de matéria-prima e reativação da produção. O secretário Zeca Moraes explica que o Governo do Estado, além do financiamento, apoiou a iniciativa dos trabalhadores, auxiliando na formação da cooperativa e na elaboração do projeto de viabilidade econômica do empreendimento, através do Programa Economia Popular Solidária, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). ?O apoio prossegue agora com o acompanhamento de técnicos na área da capacitação no processo produtivo?, afirma. A Geralcoop arrendou a planta industrial da Cia. Geral, que entrou em falência em outubro de 2001. Antes mesmo da falência, os trabalhadores já negociavam com a direção da empresa para assumir a administração, buscando manter os postos de trabalho. A cooperativa foi criada em novembro de 2001, com apoio do Governo do Estado, através da Secretaria do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais (Sedai) e do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Metal-mecânicas e de Material Elétrico de Porto Alegre. São 450 trabalhadores associados. Inicialmente, 170 trabalhadores atuarão na fábrica, com crescimento gradativo conforme a demanda de produção, até atingir a meta de envolver os 450 associados. Duas linhas de produção serão ativadas no primeiro momento, uma de fogões a lenha e outra de aquecedores de passagem a gás. De acordo com o presidente da Geralcoop, Niro Barrios, ?a medida que avança a reativação da fábrica, outras linhas podem entrar em funcionamento, como a produção de fogões a gás, aquecedores de acumulação e cozinhas industriais?. A estimativa é de que a produção chegue a 1.500 fogões a lenha, 1.500 aquecedores, 6.000 kits de conversão de gás e fundição de 20 toneladas de ferro, ao mês, no período de um ano. Barrios informa que, nestes primeiros 15 dias, os trabalhadores farão a manutenção essencial dos equipamentos para então dar início a produção. Para o secretário Zeca Moraes, o desafio para os trabalhadores da cooperativa, a partir de agora, é reconquistar mercado, recuperando a credibilidade e antigos clientes. Conforme o secretário, algumas redes de lojas já manifestaram interesse em comprar da cooperativa, o que traz boas perspectivas. A Geral chegou a empregar 2.000 pessoas, mas na época da falência contava com 650 funcionários. A empresa respondia por 48% do mercado nacional de fogões a lenha e por 33% do mercado nacional de fogões a gás. Na linha de aquecedores, chegou a atingir 83% dos mercados do Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro. Esta é a única indústria de aquecedores de passagem na qual a produção é inteiramente nacional. O secretário Zeca Moraes destaca que a Geralcoop é mais um caso de organização dos trabalhadores que, com o apoio do Governo do Estado, reativaram parques industriais de empresas que entraram em falência. ?É o caso da CTMC, que assumiu a ex-Vogg, e da Cootegal, que assumiu o antigo Lanifício Sehbe?, disse. O Programa Economia Popular Solidária acompanha 300 projetos, envolvendo cerca de 13 mil trabalhadores.
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