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Trabalho prisional suprirá demanda de fraldas da Prefeitura de Santa Vitória do Palmar

Produção deve alcançar 7 mil unidades por mês, que serão distribuídas pelas farmácias públicas municipais

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Trabalho prisional suprirá demanda de fraldas da Prefeitura de Santa Vitória do Palmar 2025
Apenados cumprirão jornada de oito horas diárias e terão direito a 75% do salário-mínimo - Foto: Divulgação Polícia Penal

A demanda por fraldas da Prefeitura de Santa Vitória do Palmar, estimada em 5.400 mensais, será totalmente suprida pela produção da fábrica inaugurada pela Polícia Penal no Presídio Estadual de Santa Vitória do Palmar (PESVP) na quarta-feira (1°/10). O local conta com mão de obra prisional remunerada. A fabricação dos itens dentro do presídio deve alcançar 7 mil unidades por mês, que serão distribuídas pelas farmácias públicas municipais.

A viabilização da fábrica ocorre por meio de termo de cooperação firmado entre a prefeitura e a Polícia Penal. Os contratos com as cinco pessoas privadas de liberdade do regime fechado já foram assinados. Os apenados cumprirão jornada de oito horas diárias e terão direito a 75% do salário-mínimo.

O secretário de Sistemas Penal e Socioeducativo, Jorge Pozzobom, destaca que o trabalho prisional qualificado no Rio Grande do Sul vem sendo cada vez mais incentivado. “Estamos criando mais e mais vagas, que proporcionam, além de qualificação, oportunidades para a ressocialização e consequente inclusão das pessoas privadas de liberdade no mercado”, destaca.

O investimento da prefeitura, no valor de R$ 10 mil, foi aplicado na construção do espaço físico e na aquisição de maquinário e equipamentos. A fábrica, instalada em uma sala de 36 metros quadrados, possui tecnologia de ponta no processo de confecção, incluindo sistema automatizado de recorte, dobra e aplicação de adesivo. Os custodiados designados no projeto receberam treinamento técnico subsidiado pelo município.

Responsabilidade social, economia e inclusão

Para a vice-prefeita de Santa Vitória do Palmar, Fabiana Braga, o projeto alia responsabilidade social, economia e inclusão. “A iniciativa reduz custos públicos, gera oportunidades de trabalho e permite que os apenados ajudem suas famílias, reconstruindo suas histórias. É um exemplo de política pública humanizada e transformadora”, destaca.

“Nosso objetivo é oferecer dignidade, ocupação produtiva e oportunidades reais de reinserção social. Queremos que cada pessoa privada de liberdade saia do sistema melhor do que entrou, por meio do trabalho e do desenvolvimento de habilidades”, afirma o diretor do presídio, Fábio Araújo.

Qualificação do trabalho prisional

Antes, em 2019, das 12.217 pessoas em privação de liberdade exercendo atividades laborais, 1.191 eram remuneradas. Em agosto de 2025, dos 15.433 trabalhando, 2.642 recebiam – ou seja o número de remunerados mais que dobrou.

A qualificação das vagas no sistema prisional está sendo viabilizada graças ao investimento que o governo do Estado tem realizado desde 2019. Até 2026, final da gestão de Eduardo Leite, os recursos aplicados ultrapassarão R$ 1,4 bilhão. Com esse aporte, mais de 12 mil vagas serão criadas ou reestruturadas para pessoas privadas de liberdade, por meio da construção de novas penitenciárias ou ampliações.

Texto: Andréia Moreno/Ascom Polícia Penal
Edição: Secom

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