Três mulheres com idades e trajetórias diferentes e uma história de luta pela sobrevivência em comum. Rita Eliane Slaifer (51 anos), Jaqueline Oliveira (34 anos) e Helena Fernandes (60 anos) venceram o câncer de mama e levam uma vida normal atualmente. Todas foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e optaram em contar como foi receber o diagnóstico, fazer o tratamento e alcançar a superação. Elas esperam sensibilizar mais mulheres a fazer o autoexame, melhor forma de descobrir a doença de forma precoce.



Para Rita, que descobriu o câncer em 2006, o câncer lhe tirou um seio e o marido. Abandonada pelo companheiro diante do diagnóstico, ela buscou forças para enfrentar a doença nos dois filhos. Mesmo com a mama reconstruída, ela precisou se aposentar por invalidez aos 34 anos. Hoje ela coordena o Grupo de Apoio e Alerta Amanhã Sem Câncer, em Alvorada, e auxilia outras pessoas a enfrentar a doença.

No caso de Jaqueline, diagnosticada em 2011, a amamentação acabou sendo o momento em que percebeu algo errado no seio. Aos 31 anos de idade, retirou um nódulo de 5 cm, e encontrou no marido apoio para enfrentar o problema. O medicamento que precisei tomar custou 8 mil reais cada ampola e precisei fazer 18 aplicações. E tudo foi pago pelo Estado, conta.

Já Helena Fernandes teve câncer de mama duas vezes. A primeira foi no final de 1999, quando descobriu uma calcificação maligna. Nove anos depois, em uma mamografia anual, descobriu que estava com nódulo maligno. Ela diz que na primeira vez que teve a doença era inexperiente, tinha dois filhos adolescentes e teve depressão. Na segunda vez, em 2008, decidiu vencer mais rápido. Foi viajar para São Paulo (Aparecida) e ao Rio de Janeiro (no Cristo Redentor), decidiu ser forte, curtir a vida, aproveitar seu tempo, entrou para um grupo de apoio e fez novos amigos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, o diagnóstico precoce aumenta em 95% as chances de cura do câncer de mama. Por esta razão, as secretarias estaduais de Saúde, de Políticas para Mulheres e de Comunicação fizeram uma série de ações durante o mês de outubro, mês internacionalmente marcado pela conscientização da doença. Entre elas, esta série de histórias de superação.

Texto: Rachel Duarte
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305