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Yeda Crusius entrega Ordem do Ponche Verde a Fernando Henrique Cardoso

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Bem-vindos todos, bem-vindas todas neste nosso salão de solenidades do Palácio Piratini, Salão Negrinho do Pastoreio, para um dia extremamente importante, dia que registra a entrada na Grã-Cruz Ponche Verde do nosso estimado, respeitado, reconhecido presidente Fernando Henrique Cardoso. Eu, ao convidá-lo, o que se faz por via telefônica, quero compartilhar com os presentes aqui a voz que eu ouvi de volta. E eu ouvi uma voz dizendo: É claro que sim. O é claro que sim lembrava a mim, estudiosa, lembrava a mim, governadora de um Estado, que sabe fazer as suas lutas, que sabe receber, sabe exportar, sabe reconhecer em tom de orgulho Fernando Henique Cardoso, por receber a Grã-Cruz Ponche Verde.

Pedi a todos que nos ajudaram na elaboração deste pequeno cerimonial que transmitissem a todos os convidados o que é a Grã-Cruz Ponche Verde. Coube-nos permitir a circunstância que essa Grã-Cruz fosse concedida no Dia do Soldado. O Dia do Soldado, hoje pela manhã, com uma cerimônia muito bonita, muito altiva, muito alegre, proporcionada pelo nosso comandante militar do Sul, general Elito, de longa trajetória junto com Fernando Henrique Cardoso na área da determinação da estratégia da segurança para o Brasil, é no fim e para tudo o dia do pacificador Caxias. Então, a circunstância me trouxe a este dia em que eu posso aqui, como governadora do Rio Grande do Sul, conceder a maior honra que alguém que escolhe essa terra pode receber, dizer que o Dia do Tratado Ponche Verde é o dia do pacificador Caxias, e o dia de hoje é o dia do reconhecimento de um pacificador das relações econômicas, das relações sociais, das relações internacionais a partir do Brasil, que é Fernando Henrique Cardoso.

Precisamos do registro, mas precisamos permanentemente lembrar que, para ser pacificador, é preciso enxergar o mundo e o nosso papel diante dele, enxergar o país e o tanto de construção que ainda precisa ser feita. Nos campos, aqui ditos pelo nosso cerimonial de entrada, o Ponche tomou conta de toda a geografia do Rio Grande do Sul no Dia do Tratado Pacificador de 1845. A partir de lá, os republicanos só fariam crescer, tendo ou não lutado nos campos verdes do Rio Grande do Sul e, anos depois, sim, o sonho para todo um Brasil se transformou em um sonho de organização republicana. Quando vêm aqui nossos visitantes, meu caro Fernando Henrique Cardoso, eu não me contenho e mostro de alguma maneira a bandeira do Rio Grande, das três cores revolucionárias, verde, vermelha e amarela, e lembro que nela está escrito República Rio-Grandense, 1835-1845. Portanto, bem antes da República brasileira.

Caxias foi pacificador porque consta, e é bom que assim seja, para que tudo não seja demasiadamente sério, que aquele tratado não foi escrito e que o local podia ser cinco metros longe daquele. No entanto, o tratado escrito dizia: Validam-se os atos republicanos. Portanto, validava-se a história construída de uma revolução de dez anos em nome da República, da República Rio-Grandense. O lema, trazido depois da Revolução Francesa, mostra o espírito de união, de luta, de determinação deste nosso povo gaúcho, a liberdade, a igualdade, como na bandeira francesa. Não fraternidade, mas humanidade. Então, quando eu conto essa história, se entende a grandeza de uma Grã-Cruz como essa. É a Grã-Cruz da construção da República do Brasil, com a união construída a partir daqueles que não se colocaram nem como vencedores, nem como perdedores, e sim como construtores do que viria a ser a nossa pátria Brasil.

A sua participação entre nós, agora fazendo parte do Conselho da Grã-Cruz Ponche Verde, me dá um orgulho que poucos saberão dimensionar. Ele tem o tamanho do orgulho que eu senti ao ter uma construção de confiança feita entre o povo do Rio Grande do Sul e a gaúcha por opção. É nesse sentido, então, que eu quero compartilhar com todos os senhores a oportunidade que nós estamos tendo de homenagear um estudioso do Rio Grande do Sul, daqui nasceu muita coisa, de um construtor do Brasil e de um pacificador das relações humanas. Eu lhe agradeço, em nome de todo o povo gaúcho, agora a sua participação dentro da Comenda da Grã-Cruz Ponche Verde. Seja mais uma vez bem-vindo ao Rio Grande.

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