A receptividade do ministro das Cidades, Márcio Fortes, aos pleitos do Rio Grande do Sul para a área de saneamento, apresentados na manhã de hoje (11) pelo secretário estadual de Obras e Saneamento, Frederico Antunes, foi considerada pelo secretário como alentadora para as pretensões do Estado de ampliar os investimentos numa área considerada carente de recursos federais. Na condição de presidente do Fórum Nacional de Secretários de saneamento, Antunes manifestou sua preocupação com o texto do projeto elaborado pelo Ministério, que tramita no Congresso Nacional, cujo conteúdo desagrada os Estados. E pediu a retirada da urgência do mesmo da pauta dos trabalhos legislativos. Em resposta, Fortes comprometeu-se a retirar a urgência do projeto. Com esta providência o projeto volta para a Comissão Especial da Câmara Federal que trata do assunto, fato este que permitirá que as partes interessadas (União - Estados - Municípios) retomem os debates e busquem um texto que agrade a todos. Quanto aos pleitos de interesse do Rio Grande, Antunes pediu que o ministro das Cidades tome providências para que sejam revistas as exigências da Caixa Econômica Federal para liberação de recursos para investimentos na área de saneamento. Segundo o secretário, as dificuldades impostas pela CEF são tantas que a Corsan, uma companhia sadia, sem dívidas, está a mais de dois anos aguardando aprovação de um financiamento da ordem de R$ 115 milhões, que permitirá a realização de diversas obras de saneamento em áreas carentes do setor. O ministro prometeu empenhar-se na busca de uma solução para o problema. Outro pleito encaminhado por Antunes, foi a necessidade de revogação da instrução normativa No. 23, de 25 de julho deste ano, que aumentou os juros dos financiamentos. Para o secretário de Obras e saneamento do Rio Grande do Sul a normativa ao invés de aumentar, limitou ainda mais os recursos para o setor de saneamento brasileiro. Márcio Fortes assegurou que irá estudar o assunto.