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Café da Manhã Fenasul - Galpão Crioulo

Publicação:

Toda vez que a gente vem conversar aqui no Galpão Crioulo, a gente vê o cuidado e o capricho com que este galpão se abre, entre os parceiros, para celebrar mais uma Fenasul. O vice-presidente da Assembléia Legislativa, Cassiá Carpes, obrigada pela presença. Estão aqui ainda a Zilá Breitenbach e o Pedro Pereira, mas esteve aqui o nosso querido Giovani Cherini, a Assembléia está sempre presente. Mas eu quero ressaltar uma característica deste nosso encontro: aqui está o governo, está o nosso adjunto Gilmar da Emater, está o Banrisul, estão as associações de criadores e produtores, associações de ligação técnica com o setor. Eu quero ressaltar a importância que esta nossa nova feira de negócios, a nossa Fenasul, com seus eventos paralelos, tem. Isso porque temos aqui o desembargador Luis Ari de Azambuja Ramos. Ou seja, a Justiça, institucionalmente, se faz presente numa feira deste porte. A Procuradoria-Geral de Justiça com o seu representante, Alexandre Saultz, a procuradora-geral do Estado adjunta, Márcia Pereira Zario, são os poderes que sabem que, num evento como este, nós estamos aqui celebrando o acerto da busca de um rumo em que todos estejamos juntos. Essa é a parte mais importante e visível que eu vejo aqui nesse nosso café da manhã. E é claro que há a liderança discreta e sempre eficiente do nosso secretário de Agricultura, Pecuária e Agronegócio, João Carlos Machado. Ele cita que para a sua Secretaria nada faltou. O que ele pede é aquilo que é necessário para acompanhar o momento espetacular desse setor aqui no RS. E, portanto, ele não pede muito. Ele faz mais com menos. Se quebrou, vou ter que fazer mais com mais. Não quebrou. Então, o que eu estou querendo dizer é que é assim, e é assim com cada uma das senhoras e dos senhores que, quando vão à sua atividade, sabem fazê-la com primazia, como João Carlos sabe. Isso para chegar à finalidade da Secretaria, que tem sido reconhecida por todos, certamente reconhecida pela qualidade com que nós temos desenvolvido este setor. Nós estamos aqui com o Palácio Piratini, o nosso grupo de assessoramento especial – a Casa Civil, a Casa Militar, as subchefias, para nós é um dia muito importante hoje. Em especial quero saudar o nosso José Ernesto Ferreira, presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do RS. Porque, prefeita Sandra, para fazer uma feira deste porte precisa um ano. E ela agrega todo o setor. Se fôssemos abrir as porteiras do Parque Assis Brasil apenas para feiras desse porte abriríamos quatro, cinco vezes ao ano, não mais do que isso. Para tornar o parque aquela área absolutamente única, agora com um sistema de transporte que vai evitar aquilo que durante a Expointer nós enfrentamos. Aparece mais aquilo do que a própria Expointer, é a dificuldade de chegar e sair. São duas horas pra entrar, mas duas ou três para sair. E nós demos inauguração à Avenida do Parque, que, na verdade, pouco custa ao governo do Estado e à prefeitura de Esteio. Mas foi um movimento de articulação, em que, para todos, foi bom abrir aquela avenida e como diz a prefeita Sandra dar-se início à construção de uma nova Esteio. É uma área que vai dar numa coisa maravilhosa, que é um conjunto de rios e arroios que por ali passam e que estão como uma barreira para quem quer ir de um lado para outro. Agora serão parte integrante de um modo de habitar, um modo de morar, com muito mais qualidade. Então, prefeita Sandra, o parque vai ficar aberto, porque nele se pode chegar e sair em eventos deste porte. Mas, sem dúvida, a Famurs nos solicitou – e eu tenho segurança que isso foi com aquela doce insistência que a prefeita Sandra sempre é capaz de fazer – que a sede da entidade para uso o ano inteiro pudesse ser na ponta mais visível do Parque de Esteio. Quando eu falo governo, eu falo a chefia de gabinete, o secretário Otaviano – o governo que se faz acompanhar e acompanha os outros poderes. As relações não aparecem. Os resultados delas é que aparecem depois. Então, há a relação que nós criamos com os prefeitos - onde quer que a gente vá há uma relação com os prefeitos entusiasmada, inovadora, e a gente ouve isso. Assim como ouve deles também o que está faltando e o que o governo pode fazer ou pode articular para que as suas instituições venham a fazer. Então, sem dúvida, a existência da Famurs no Parque Assis Brasil vai dar vida contínua, porque cada e todo assunto pertence ao prefeito. Sempre vai ter um elemento que vai trazer vida ao Parque Assis Brasil. Vamos celebrar aquele parque e mostrar aquele parque, como fazemos na Expointer, a todo o mundo. Não é apenas nós celebrarmos, mas a maneira como a gente celebra é reconhecida em todo o mundo. Enquanto eu estava ouvindo o João Carlos, o José Ernesto e a Sandra, eu olhei para o mapa - eu sou uma pessoa de mapa. Eu quando vejo um mapa isso me libera de 500 páginas. E a realização da Fenasul tem sempre que ser vista por dois pratos da balança - o que o RS está vivendo é maravilhoso. Mas gera reações, e principalmente quando a gente diz assim. Foi isso que eu vivi lá em Nova York nessa última viagem de dois dias, quando eu disse assim: o RS é o coração do Mercosul. São seis governadores que falaram. Os que vieram depois de mim falaram: “O coração do Mercosul sou eu”. Há uma saudável disputa entre os governadores. Eu quero transmitir a vocês que, em todos os Estados brasileiros, há esse sentimento de novo ciclo. Um sentimento de que estamos saindo do eterno futuro a que a gente, sem dar o passo de hoje, nunca chega. Então, eu olhei o mapa e digo que a nossa riqueza cobre o Estado. E há vocações mais próprias em uma região do que em outra. Está se levantando a partir de Brasília uma reação ao desenvolvimento do RS. A partir de Brasília, que é lá que tudo se discute em termos de Brasil. Nada em específico a respeito de Brasília. Eu olhei o mapa e vi essa Metade Sul que, enquanto empobrecida, eles olhavam e diziam: “mas o RS é rico, ele vai resolver os seus problemas”. Há uma imagem que se está tentando passar a partir de lá de que o desenvolvimento da Metade Sul este governo e este Estado estão fazendo apenas através de florestadoras. E aí há uma reação forte, esse é o mais novo sinal de que o desenvolvimento do RS surpreende. E, ao surpreender, de tão grande e novo que ele é, apesar de estar escrito na história desde sempre, há uma certa reação. Meu Deus, a Metade Sul é leite, é carne, é comércio, é turismo. O florestamento é apenas um pedaço do desenvolvimento que começa pela valorização que o atual ciclo mundial dá à infra-estrutura e à logística, porque, se a gente tem de produzir leite, carne, floresta nesta quantidade, nós vamos ter que ter infra-estrutura e logística. Esta parte é a do governo, é a mais difícil e prioritária. Então a Metade Sul ou qualquer parte do RS não é uma coisa. É toda sua história. É por isso que a gente diz que o desenvolvimento de todo tipo de gado, de todo tipo de genética, de inovação, de tecnologia, o que gera aumento de produtividade, necessita de irrigação, portanto de água. Quando a gente vê isso, está no Estado inteiro. Uma vocação mais determinada num lugar, outra em outro. Você tem grãos, mas o que disse a Hillary? O que tem dito o mundo sobre o que o Jose Ernesto falou? O biodiesel, o biocombustível, a bio-energia do Brasil começou a incomodar. E se incomoda do Brasil, é claro que incomoda do RS. O que a Hillary disse no seu discurso é que o Brasil – por várias razões, primeiro a sua expansão produtiva dentro de uma área geográfica enorme - precisa de infra-estrutura e logística ou não chega onde deve chegar. E aí o governo sozinho não pode responder por isso. Não há como. Mas nós proporemos uma maneira de fazer infra-estrutura e logística como prioridade para acompanhar esse vigor da economia e da sociedade do RS. E a Hillary disse: “não culpem o Brasil pelo aumento dos preços dos alimentos. O bio que ele faz é da cana”. Nós conseguimos a patente no RS do plástico verde. E foi ali, no Pólo Petroquímico, a transformação do álcool da cana em plástico. No Canadá e nos EUA fazem o plástico, mas do milho, que compete com alimento. Portanto, o Brasil é diferenciado por vários elementos. No caso do bio-combustível, por causa da cana. E da tecnologia que desenvolvemos a partir da cana, que não compete com alimento, embora em algum passado tenha se dito que a cana pega terras que poderiam ser usadas para alimentos. Que a soja é monocultura. Nós provamos no RS que é possível ter soja, milho, mel... A moderna tecnologia que o RS desenvolve há muito tempo, seja através Emater na sua extensão, da Embrapa, através dos seus postos aqui, torna o RS, este sim, o Estado da vez. Não pela área geográfica, mas pela tecnologia, inovação que colocam sobre cada item que fazem. É este o nosso diferencial e esta feira mostra isso. Quando vai ver cada raça, o desenvolvimento das tecnologias, das inovações, a gente não mostra muito para o mundo, porque eu acho que a feira é importante, porque primeiro a gente precisa mostrar para a gente. Primeiro precisamos construir a consciência do que temos e que desafios isso nos traz. São imensos desafios, porque o desenvolvimento do RS atrapalha. O RS sempre produziu integração. Produziu moeda estrangeira para acabar com a dívida externa, produziu a revolução verde. Quando ele quer se desenvolver aproveitando os frutos que esta feira demonstra. Estamos num novo ciclo, estamos incorporando valor ao produto primário. Estamos transformando o produto primário. Exportamos para o mundo inteiro. Então, celebrar isso que estamos tendo como desenvolvimento através dessa nova Fenasul implica, sim, a gente fazer discussões para o novo. Estamos num momento em que este governo mostrou que é possível, compartilhada a consciência com todos e as ações com todos, superar a crise fiscal. O ano que vem está zerado. Mas o governo nem começa a competir em investimentos com Estados onde esse equilíbrio das finanças se deu antes. Mas tudo bem, começamos. Vai ser superada essa fase, podemos chegar lá, ainda não chegamos. Nós podemos chegar lá pagando os atrasados da Lei Britto. Podemos chegar lá pagando aos pouquinhos as dívidas que foram feitas, não porque o gestor do passado não quis pagar, e sim porque precisávamos ter uma sincronização entre a força produtiva do Estado e suas finanças. Passado esse período, eu proponho que a gente discuta o novo. Não é possível não ver que os ciclones desses dias pertencem ao novo. Pertencem. Estão mudando as condições climáticas. Não é possível enfrentar oito granizos e não ter a consciência de que isso é o novo. E, se isso é o novo, nós estamos dando prioridade a uma discussão sobre o novo. É por isso que vamos estar hoje à tarde na Fiergs falando sobre meio ambiente compartilhado. Em cada ação, temos que ver de que maneira a gente ganha produtividade melhorando meio ambiente. Eu fui perguntada na última viagem “como vai o deserto do Alegre”. E eu respondi que tenho as fotos para lembrar. Para lembrar, porque não têm mais o deserto do Alegre. Como isso foi feito? Foi feito pelas pessoas. Não foi por uma política pública, foi pela consciência das pessoas de que em cada tipo de gado, em cada plantação, nós temos que nos preocupar com a água, conhecer os azares da previsão meteorológica e nos prevenirmos urbanamente para enfrentá-los. Nesse sentido, eu creio, vamos celebrar que é a hora do RS, sim. Os outros governadores também pensam isso, mas só por eu dizer – foi a geografia que fez isso, não fui eu – que eu sou o coração do Mercosul como RS, dá uma berraria, uma competição, mas nós somos o coração do Mercosul. Isso nos aproxima e nos traz desafios diferentes dos que enfrentamos no passado. Felicidades a essa Fenasul. Vamos, no convívio que vamos ter, lembrar sempre que isso é fruto do enfrentamento do novo que, a cada momento, este nosso povo corajoso faz. Se é a nossa hora de colher, não vamos deixar ninguém nos atrapalhar. E para ninguém nos atrapalhar, precisamos estar unidos e nos entendermos entre nossas diferenças. Se estivermos unidos no rumo do desenvolvimento, a Fenasul apontará para isso, não há dúvidas. Nós somos o coração do Mercosul. Então, não tem que ficar calada não, esta é a nossa vez. Nós somos o coração do Mercosul. Estamos fazendo tudo que é preciso para pegar a potencialidade da nossa economia e da nossa sociedade e transformá-la num benefício coletivo cada vez melhor. Parabéns aos organizadores, vamos estar juntos, é uma alegria poder ser parceira dessa nova Fenasul como Governo do Estado. Bom dia.
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