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Campanha de prevenção às hepatites virais tem foco na população com mais de 40 anos

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Campanha contar hepatite viral
Cartaz da campanha - Foto: Reprodução

Nesta quinta-feira (28), que marca o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais, a Secretaria  da Saúde (SES) reafirma a importância da prevenção e da testagem para o diagnóstico da doença, com foco nas pessoas com mais de 40 anos de idade. "Se você curtiu os anos 1980, faça o teste das hepatites virais", é o slogan da campanha de prevenção este ano. A mensagem está presente no material informativo que a secretaria distribuiu para os municípios, por meio das 19 Coordenadorias Regionais de Saúde. Para 2016, foram produzidos 15 mil cartazes e 500 mil flyers. Nesta data, a SES reafirma a importância da prevenção e da testagem para o diagnóstico da doença, com foco nas pessoas com mais de 40 anos de idade. 

A diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), Marilina Bercini, informa que o público-alvo, mais de 40 anos, foi estabelecido porque não havia disponibilidade da testagem para hepatite C antes de 1993. "Naquela época, também as campanhas de prevenção a fatores de risco como sexo desprotegido, utilização de materiais e instrumentos não esterilizados tinham alcance reduzido", disse a diretora. 

As hepatites virais são provocadas por vírus que atacam o fígado, causando inflamação. No Rio Grande do Sul, em 2015, foram confirmados 1.797 casos de Hepatite B e 2.881 casos de Hepatite C.  São causadas por diferentes vírus, sendo os mais comuns o B e C, transmitidos principalmente por meio do sangue. A hepatite A tem baixa incidência e um dos motivos do seu controle é a vacinação infantil. Em 2015, foram registrados 76 casos no estado. 

As principais formas de contágio das hepatites são o compartilhamento de materiais cirúrgicos, de manicures, odontológicos ou de tatuagem, de higiene pessoal, material para uso de drogas injetáveis. No caso da hepatite B, por relação sexual sem o uso de preservativo. A hepatite B também pode ser transmitida de mãe para filho durante o parto, a chamada transmissão vertical.  

 Acesse aqui a campanha completa

O diagnóstico dos casos pode ser feito na Atenção Básica de Saúde, e complementado nos Serviços de Atendimentos Especializados às Hepatites Virais. O SUS oferece tratamentos para as hepatites B e C, de acordo com os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.  

Sintomas 

Cansaço, febre, dor abdominal, tontura, enjoo ou vômito e icterícia são os sintomas mais comuns. Porém, é possível que pessoas portadoras de hepatites não apresentem nenhum desses sinais. Por isso, a consulta médica e exames são essenciais para o diagnóstico precoce, capaz de evitar complicações. 

Imunização e outras formas de prevenção 

O Calendário Básico de Imunização Infantil prevê, desde 2104, a vacinação contra a hepatite A disponível nas Unidades Básicas de Saúde, em dose única, para todas crianças aos 12 meses de idade (ou até menores de 2 anos). A vacina pode ser administrada concomitantemente com outras vacinas do calendário de rotina.

Para a hepatite B, a vacina está disponível gratuitamente em todas as Unidades Básicas de Saúde para pessoas de todas as faixas etárias. A imunização para este tipo de hepatite é feita em três doses, com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda aplicação, e de seis meses entre a primeira e a terceira dose. Contra a hepatite C, ainda não há vacina. 

Para prevenir casos de hepatite A, também deve-se melhorar as condições de higiene e de saneamento básico, como por exemplo:

- Lavar as mãos após ir ao banheiro, trocar fraldas e antes de comer ou preparar alimentos;

- Lavar bem, com água tratada, clorada ou fervida, os alimentos que são consumidos crus, deixando-os de molho por 30 minutos;

- Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;

- Não compartilhar utensílios pessoais;

- Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios, para não comprometer o lençol d'água que alimenta o poço. Deve-se respeitar, por medidas de segurança, a distância mínima de 15 metros entre o poço e a fossa do tipo seca, e de 45 metros, para os demais focos de contaminação, como chiqueiros, estábulos, valões de esgoto, galerias de infiltração e outros; 

Em relação às hepatites B e C, as ações de prevenção recomendadas são: 

- Usar material esterilizado ou descartável nos consultórios médicos, odontológicos, acupuntura, barbearias, salões de manicure/pedicure, locais de realização de tatuagens e colocação de piercings;

- Não compartilhar escovas de dente, lâminas de barbear ou de depilar;

- Não compartilhar equipamentos para uso de drogas (agulhas, seringas, cachimbos ou canudos);

- Usar preservativos nas relações sexuais.

Texto: Ascom SES
Edição: Léa Aragón/ Secom

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