Centro de Informação Toxicológica alerta sobre perigos domésticos
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Dados levantados pelo atendimento do Centro de Informação Toxicológica-CIT/RS em 2007 alertam para o aumento, em mais de 40%, dos casos de intoxicação humana nos últimos cinco anos. Os medicamentos (item substâncias químicas) são a principal causa, sendo responsáveis por 32% dos casos no período. A advertência está sendo feita a propósito do Dia de Prevenção de Acidentes Tóxicos, que transcorre nesta quarta-feira (20).
Os percentuais confirmam as informações divulgadas em julho pela Fundação Oswaldo Cruz, do Ministério da Saúde, registrando recorde de intoxicação por medicamentos no Brasil. Conforme o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Francisco Júnior, a cultura de automedicação é perversa.
No Rio Grande do Sul, o Centro de Informação Toxicológica atendeu a 6.065 casos de intoxicação humana por medicamentos somente em 2007. As grandes vítimas desses acidentes são crianças com menos de 4 anos, que representaram cerca de 2 mil casos no ano passado.
Outros grupos químicos também registraram aumentos significativos. É o caso dos inseticidas de uso doméstico, responsáveis pela duplicação do número de intoxicações nos últimos cinco anos, e dos produtos de uso domiciliar como detergentes, limpadores, sabões e desinfetantes, que ampliaram os episódios em torno de 50% entre 2003 e 2007.
O CIT/RS chama faz um apelo à população para que as casas sejam locais seguros para as crianças. A preocupação central é com ações de segurança infantil de crianças abaixo dos 10 anos no ambiente doméstico, que devem ser orientadas sobre os perigos da exposição a produtos tóxicos, como medicamentos, material de higiene e limpeza, inseticidas e cosméticos.
Vale também o alerta sobre os riscos de contato com animais peçonhentos (serpentes, aranhas, escorpiões e lagartas) e com plantas tóxicas. O CIT/RS é um serviço de emergência médica da Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (Fepps), vinculada à Secretaria Estadual da Saúde. Mantém um plantão de atendimento 24 horas, pelo telefone 0800 7213000.