Cerimônia no Colégio Estadual Castelo Branco, em Lajeado, marca início do segundo semestre letivo de 2025 na Rede Estadual
Ao todo, 2.320 escolas estaduais reabrem as portas nesta segunda (4) para receber mais de 700 mil estudantes de todo o RS
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Nesta segunda-feira (4/8), mais de 700 mil estudantes de todas as regiões do Estado retornam às aulas para o início do segundo semestre letivo de 2025. As salas de aula da Rede Estadual, que possui 2.320 escolas, reabriram as portas para acolher os alunos. Para marcar a abertura das atividades escolares, o governo do Estado realiza uma cerimônia no Colégio Estadual Castelo Branco, em Lajeado.
A instituição de ensino, que é a maior escola pública do município e uma das maiores do Vale do Taquari, completou 60 anos de existência em abril deste ano. Por isso, em reconhecimento a essa importância histórica, a escola se transformou em um lugar de homenagens ao espírito de resistência e superação da comunidade escolar no Estado, já que o local passou recentemente por obras de recuperação após as enchentes que atingiram a região.
Na educação, área tratada como prioridade pelo governador Eduardo Leite, o propósito do governo é garantir o futuro do estudante, do professor e da sociedade.
O Castelinho
Fundado em 1964, o Colégio Estadual Castelo Branco é conhecido como “Castelinho” por causa de seu logotipo, que remete à imagem de um castelo. A escola atende atualmente cerca de 800 estudantes, com uma equipe formada por mais de 70 professores, cinco serventes de limpeza e quatro merendeiras.
Ao longo das décadas, a escola teve duas sedes. Foi inaugurada na Rua João Abbot, mas logo precisou de mais espaço para comportar o crescimento do número de alunos, especialmente com a oferta de cursos profissionalizantes. Em 1969, foi transferida para o prédio do antigo Colégio Paroquial São José, ao lado da Igreja Matriz, onde funciona até hoje.

O prédio de três andares sofreu com os impactos das enchentes de 2023 e 2024. Para reverter esse cenário, o pacote de obras incluiu a substituição do piso de madeira, melhorias no auditório, novos mobiliários e adaptações para aumentar a resiliência da escola a eventos meteorológicos extremos, como a instalação de pisos resistentes à água e a criação de acessos facilitados para evacuação em caso de alagamentos.
A diretora Evenize Pires, que atua na escola há 19 anos, contou que o Castelo Branco é um lugar de memória, sendo um ponto de orgulho para o Vale do Taquari. “Ele formou milhares de cidadãos de Lajeado e da região, especialmente em um tempo em que muitas cidades vizinhas não tinham Ensino Médio. Muita gente veio para cá realizar seus sonhos. A escola sempre valorizou o protagonismo dos estudantes e foi referência em esporte e nas gincanas. Após quase dois anos funcionando em outro espaço, conseguir reconstruí-la tem um significado muito importante para toda a comunidade”, comemorou.
Políticas públicas para a educação
O segundo semestre de 2025 também será estratégico para as políticas públicas na área da educação. Nos próximos meses, ocorrerá a aplicação do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). As provas e questionários, que serão realizados no Brasil inteiro, servirão de base para refletir os níveis de aprendizagem dos estudantes, criando um diagnóstico sobre o desempenho de cada escola.
A secretária da Educação, Raquel Teixeira, destacou que o segundo semestre letivo será um período de consolidação dos esforços feitos desde o início do ano. “Começamos este semestre com um olhar atento para o bem-estar dos estudantes e para os desafios da aprendizagem. Escolhemos o Castelinho como palco simbólico da volta às aulas porque ele representa, ao mesmo tempo, a força da história e a capacidade de se reinventar diante das dificuldades”, afirmou.
Política de Proteção à Trajetória do Estudante
Além disso, a Secretaria da Educação (Seduc) prevê o fortalecimento da Política de Proteção à Trajetória do Estudante. A iniciativa consiste em uma série de medidas que buscam combater o abandono e a evasão escolar na Rede Estadual. Para isso, foram implementadas ações que estão estruturadas em seis pilares: atuação baseada em evidências, prevenção, integralidade, integração entre setores, transversalidade e equidade.
A ideia é tratar cada estudante conforme seu nível de risco de abandono escolar (médio, alto ou crítico), com ações individualizadas, apoio psicossocial, acesso a transporte escolar, programas de renda como o Todo Jovem na Escola e estratégias de recuperação da aprendizagem.
Nesse sentido, uma das principais ferramentas que a Seduc disponibilizou para identificar os riscos de abandono é o Sistema de Proteção à Trajetória do Estudante. A plataforma permite monitorar a frequência dos alunos, registrar motivos de infrequência e organizar planos de intervenção com apoio das Coordenadorias Regionais e da Rede de Proteção de Crianças e Adolescentes.
- Estado autoriza início das obras no Colégio Estadual Presidente Castelo Branco, em Lajeado
- Governo destina R$ 15,5 milhões para escolas do Vale do Taquari desde 2023
Texto: Ascom Seduc
Edição: Camila Cargnelutti/Secom