Conab: safra nacional de grãos ultrapassa 140 milhões de toneladas
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O terceiro levantamento da safra de grãos 2008/2009, divulgado nesta segunda-feira (8) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aponta boas perspectivas para as lavouras no Sul do Brasil, a despeito das atribuladas condições climáticas ocorridas na região.
Conforme o estudo da Conab, nem as condições climáticas, nem a crise econômica devem prejudicar o crescimento da safra brasileira. A estatal sinaliza que a produção nos três estados sulinos terá um aumento de 2,9%, atingindo 61,1 milhões de toneladas. Os números favoráveis indicam que o Brasil deve alcançar a segunda melhor colheita da história, de 140,3 milhões de toneladas, ficando somente atrás da safra passada, com a marca de 143,9 milhões de toneladas.
Arroz
Segundo dados recentes do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), na semana que passou, o Rio Grande do Sul, maior produtor nacional de arroz - responsável por 61% da produção - quase completou o cultivo do cereal, com mais de 98% da área semeada, e aproximadamente 79% em desenvolvimento vegetativo. Em segundo lugar na produção orizícola brasileira, está o estado de Santa Catarina. Contudo, devido aos recentes acontecimentos climáticos que assolaram a região, principalmente no Vale do Itajaí, onde a predomina a cultura arrozeira, estima-se um recuo de 0,4% na produtividade. Inicialmente, a previsão de resultado estava em torno de 7.000 kg/ha, todavia, o recente levantamento, realizado pela Conab, prevê 6.650 kg/ha.
Na opinião do analista de mercado do Irga, Marco Aurélio Tavares, a Conab está otimista ao projetar um aumento de produtividade de 1,7% nas lavouras brasileiras de arroz, em contraponto com a menor área plantada dos últimos quinze anos, de 2,870 milhões de hectares. A estimativa de produção de 12,25 milhões de toneladas já reflete uma redução em relação ao levantamento anterior, pontua. Para ele, o recuo de 0,4% na produtividade de Santa Catarina, ainda não reflete a situação real após as inundações sem precedentes ocorridas nas principais localidades produtoras, gerando maior dificuldade na previsão de números mais concretos para a safra brasileira de arroz.