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Corsan apresenta plano de investimentos apto a atender demandas de Gravataí

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Plano de Gravataí
Presser defendeu que a empresa tem todas as condições de atender às demandas do Plano Municipal de Saneamento Básico - Foto: Douglas Carvalho/Corsan

A Corsan participou de audiência pública na Câmara de Vereadores de Gravataí, nessa segunda-feira (29). O tema foi 'Privatização da água em Gravataí: quem vai pagar a conta?'. O diretor-presidente Flávio Ferreira Presser defendeu que a empresa tem todas as condições de atender às demandas do Plano Municipal de Saneamento Básico, aprovado no último dia 18. De acordo com o dirigente, a Corsan compromete-se a aplicar R$ 459,5 milhões no saneamento do município durante a vigência do atual contrato, enquanto o plano exige investimentos de R$ 456,9 milhões.

Presser explicou que Gravataí está inserida num sistema integrado de água e esgoto. "Parte da água aqui consumida é captada em Canoas e tratada em Cachoeirinha, e parte do esgoto aqui gerado é tratada em Cachoeirinha". Salientou ainda que, por força legal, a titularidade do saneamento nas regiões metropolitanas não é exclusiva de um único município, especialmente quando há sistemas integrados. "Nesses casos, municípios e Estado são os titulares e devem tomar decisões conjuntas sobre os rumos dos serviços".
 

Água como bem público

O vereador Marcelo Lemos, de Uruguaiana, também fez parte da mesa e relatou a experiência vivida em seu município. Ele relatou que a prefeitura abriu licitação para os serviços de saneamento, vencida por uma empresa privada, que assumiu o sistema em 2011. "Hoje a água está mais cara do que antes, nossas ruas estão esburacadas e o esgoto continua sendo despejado in natura nos mananciais". O parlamentar preside CPI criada na Câmara local para averiguar possíveis irregularidades no cumprimento do contrato firmado com a concessionária.

O secretário de Divulgação e Comunicação do Sindiágua, Rogério Ferraz, explanou itens do atual contrato de programa de Gravataí. Firmado em 2009, o documento rege as relações entre a Companhia e a prefeitura desde então. "A Corsan respeita todas as cláusulas. Por exemplo, o repasse de recursos para o Fundo de Gestão Compartilhada e a extensão do abastecimento ao distrito de Morungava são cumpridos. Porém, caso haja um rompimento dessa relação, o município terá que indenizar a Companhia pela perda do patrimônio instalado".

Para o presidente do Comitê da Bacia do Rio Gravataí, Sérgio Cardoso, que também preside a Associação de Preservação da Natureza do Vale do Gravataí (APN-VG), a luta é por um interesse comum. "O nosso objetivo é que todos, e não somente alguns, tenham acesso à água de qualidade e em quantidade".

Também integraram a mesa o proponente da audiência pública, vereador Paulo Silveira; o presidente da Casa, vereador Juarez Souza; e o presidente do Sindiágua, Leandro Almeida. Diante de um plenário cheio, falaram dezenas de pessoas, entre autoridades, representantes de entidades e moradores. A maioria manifestou-se a favor da Corsan e da manutenção da água como um bem público, e ninguém defendeu abertamente a hipótese de rompimento do contrato de programa. Pela Companhia, estiveram presentes ainda os diretores de Expansão, Marcus Vinicius Caberlon, e Administrativo, Marcus Vinícius Vieira de Almeida, e diversos funcionários.


Abastecimento em Morungava

Cumprindo compromisso assumido no contrato de programa, a Corsan passa a atender ao distrito de Morungava a partir desta terça-feira (30). A obra que leva o abastecimento de água à localidade integra um conjunto de investimentos de R$ 161 milhões em saneamento no município.

O empreendimento entregue em Morungava inclui 62 quilômetros de redes, dois reservatórios - um elevado, com capacidade de 500 m³, e outro apoiado, de 1000 m³ - e estação de bombeamento de água tratada. A obra beneficia 3,4 mil famílias.

Para garantir o desenvolvimento sustentável da cidade e mais qualidade de vida à população, a Companhia investe atualmente, com recursos próprios, R$ 15,5 milhões em obras de abastecimento de água e R$ 145,5 milhões nas de esgotamento sanitário com financiamentos já contratados. Os investimentos beneficiam também Cachoeirinha, pois o sistema de água e esgoto dos dois municípios funciona de maneira integrada.


Texto: Douglas Carvalho/Corsan
Edição: Léa Aragón/CCom

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