Na manhã desta terça-feira (25), a governadora Yeda Crusius determinou a organização de uma força-tarefa, composta por salva-vidas da Brigada Militar (BM), para apoiar a Defesa Civil de Santa Catarina no socorro às vítimas das chuvas que atingem o estado. Além disso, está em elaboração um banco de dados contendo informações de pessoas que se dispuserem a colaborar com donativos.

À medida em que a Defesa Civil catarinense solicitar novos kits, a coordenação gaúcha fará a coleta do material. O coordenador de Comunicação da Defesa Civil gaúcha, capitão Alexsandro Goy, ressaltou que a operacionalização de socorro é articulada pelos órgãos de Defesa Civil dos dois estados. Também o Comitê de Ação Solidária - vinculado ao Gabinete da Governadora - está pronto para auxiliar no recolhimento e na distribuição de doações.

Nessa segunda-feira (24), foi cedido pelo governo do Estado um helicóptero da BM, com dois oficiais e um praça do Grupamento de Policiamento Aéreo da corporação, para operações de busca, resgate, salvamento e remoção de pessoas em situação de risco. Desde domingo (23),  já foram enviados pela Defesa Civil do RS 2.287 colchões, 400 cobertores, 200 lençóis, 200 mosqueteiros, 200 toalhas, 200 fronhas e 300 kits de limpeza.

Devem ser transportados ainda 12 mil colchões, 12 mil cobertores, 12 mil toalhas, 12 mil travesseiros, 2.450 kits de limpeza, 30 rolos de lona e 7.552 mil cestas básicas. A Defesa Civil conta com o apoio da BM e do Comando Militar do Sul na montagem de kits de limpeza, cestas básicas e demais materiais e no carregamento das carretas que chegam para fazer o transporte. Cerca de vinte caminhões já circularam pela Conab,  além da aeronave colocada à disposição pela Força Aérea Brasileira para levar donativos.

As últimas informações divulgadas pelo governo de Santa Catarina registram mais de 52 mil desabrigados e desalojados, 65 mortes confirmadas e mais de 30 pessoas desaparecidas. Oito municípios estão isolados - São Bonifácio, Luiz Alves, São João Batista, Rio dos Cedros, Garuva, Pomerode, Itapoá e Benedito Novo. Blumenau, no Vale do Itajaí, é um dos mais atingidos.